Para 'The Economist', FHC se
reabilita e desfruta de 'influência política e intelectual' — a revista
britânica diz que ex-presidente é 'líder não oficial da oposição' e que
papel como pensador é 'mais importante do que nunca'
Fernando Henrique Cardoso ex-presidente |
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vive o renascimento de sua
reputação, na avaliação da revista britânica The Economist em reportagem
divulgada pelas redes sociais da publicação na terça-feira,
10.nov.2015. Segundo a revista, no momento em que o País vive "o que
pode ser sua pior crise desde a recessão de 1930", o papel do tucano
como pensador é "mais importante do que nunca".
Em conversa com a publicação na sede de seu instituto em São Paulo, a
propósito do lançamento do primeiro volume de Diários da Presidência e
do livro A Miséria da Política - Crônicas do Lulopetismo e outros
Escritos, FHC admitiu desfrutar atualmente de uma "grande influência
política e intelectual", mas descartou qualquer ambição política. Ainda
assim, o tucano é classificado pela reportagem como o "líder não oficial
da oposição".
A revista cita ainda as investigações da Operação Lava Jato sobre o
esquema de corrupção na Petrobrás. Segundo a reportagem, enquanto a
força-tarefa está cada vez mais perto de Lula, FHC é visto com respeito
como um "velho estadista". Apesar disso, a Economist diz que o PSDB não
soube tirar proveito da queda de popularidade do governo Dilma Rousseff
e que, para os críticos do ex-presidente, ele teria falhado em
estimular uma renovação no partido. Para FHC, o ponto fundamental é que o
Brasil precisaria de "um novo foco e um novo líder".
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