Caminhoneiros ameaçam greve
e preocupam governo federal
e preocupam governo federal
Caminhoneiros bloqueiam a Dutra |
A presidente Dilma Rousseff está preocupada com uma nova ameaça de greve
dos caminhoneiros, programada inicialmente para a próxima segunda-feira
(09.nov.2015), e orientou sua equipe a monitorar e iniciar conversas
com líderes do movimento para tentar evitar a paralisação.
O Planalto teme que a greve cause desabastecimento no país, o que pode agravar ainda mais o quadro de recessão econômica.
O ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) já conversou com
alguns líderes do setor e obteve deles a informação de que a tentativa
de greve está sendo comandada por grupos independentes, o que diminuiria
a força do movimento.
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), a quem é subordinada a
Polícia Rodoviária Federal, também participa do grupo de assessores
encarregado de criar uma estratégia para evitar que a paralisação de
caminhoneiros ganhe força e crie dificuldades de abastecimento no país.
O tema foi objeto de discussão em reunião, na terça-feira (03.nov.2015)
em Brasília, da presidente com ministros e líderes do governo no
Congresso Nacional.
A mais recente manifestação do caminhoneiros ocorreu em abril deste ano e
durou cinco dias, gerando bloqueios em estradas e prejudicando o
abastecimento em algumas cidades.
Na ocasião, o movimento perdeu força após o governo prometer intermediar
a negociação, com o setor contratante, de uma tabela referencial de
preços do frete.
Desta vez, a ordem da presidente é monitorar os movimentos para que nenhuma paralisação desse tipo pegue o governo de surpresa.
No final de outubro, o Comando Nacional do Transporte, grupo de
caminhoneiros que se declara independente de sindicatos, divulgou nota
em seus perfis nas redes sociais prometendo greve geral para o dia 9.
Segundo o comunicado, os principais movimentos que pedem o impeachment
da presidente Dilma Rousseff, como o Vem Pra Rua, o Revoltados Online e o
MBL (Movimento Brasil Livre), apoiam a paralisação da classe.
Esse apoio é outra preocupação do Planalto, porque pode gerar uma agenda
política negativa no momento em que perdeu força, dentro do Congresso, a
estratégia da oposição para tentar abrir um processo de impedimento
contra a presidente.
REIVINDICAÇÃO — O grupo de caminhoneiros reivindica desde o início do
ano a redução do preço do óleo diesel, a criação do frete mínimo,
salário unificado em todo o país e a liberação de crédito com juros
subsidiados no valor de R$ 50 mil para transportadores autônomos. Querem
também ajuda federal para refinanciamento de dívidas de compra de seus
veículos.
A página do Facebook do Comando Nacional do Transporte conta hoje com cerca de 25,5 mil seguidores.
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