quinta-feira, 5 de novembro de 2015


A economia brasileira vive momento crítico, o governo precisa conter gastos públicos e direcionar melhor os benefícios sociais




Em um relatório sobre a situação econômica brasileira, apresentado na quarta-feira, dia 04.nov.2015, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirma que o Brasil passa por um “momento crítico” e que, para fazer frente aos desafios, precisa continuar com as medidas de ajustes fiscais e diminuir o gasto público.
De acordo com a OCDE, o Brasil deve sofrer ao longo dos próximos anos. Em parte, a economia será abalada pela queda nos preços das commodities — produtos básicos, com cotação internacional, como a soja — e com o envelhecimento da população. Esses fatores pressionam a economia, que deve registrar retração nesse e no próximo ano: de 3,1% em 2015 e 1,65% em 2016. A OCDE também projetou a inflação para esses dois anos: de 9,4% no final deste ano, com queda acentuada no ano que vem, para 4,9%.
O receituário da organização é o do corte de gastos. O Brasil precisa avaliar melhor onde põe dinheiro: "O melhor direcionamento dos benefícios sociais — gastar mais com os menos favorecidos, e menos em benefícios para aqueles que se juntaram com sucesso à classe média — poderia reduzir a desigualdade e fortalecer, simultaneamente, as finanças públicas", avaliou a OCDE.
Para a organização, o Brasil precisa garantir a estabilidade fiscal e monetária, e fazer, para isso, mudanças estruturais que estimulem o aumento da produtividade: “Reformas estruturais ambiciosas são urgentemente necessárias para diminuir as lacunas de produtividade com outras economias emergentes, assegurando, ao mesmo tempo, que todos os brasileiros possam compartilhar os frutos da prosperidade", disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría.





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