domingo, 15 de novembro de 2015


Rombo na Petrobras: desvios de dinheiro podem chegar a R$ 42 bilhões — A Justiça Federal autorizou a quebra do sigilo telefônico da sede do diretório nacional do PT, em São Paulo




Depois da divulgação de uma cartilha em que o PT faz pose de vítima e ataca magistrados, investigadores e jornalistas, veio à luz um novo relatório da Polícia Federal. O documento reestima o rombo produzido pelos petrogatunos.
Os repasses indevidos da Petrobras para as empresas investigadas na Lava Jato podem chegar a inimagináveis R$ 42,8 bilhões.
Laudo concluído em 26 de outubro pela Polícia Federal (PF) indica que pagamentos indevidos feitos pela Petrobras para 27 empresas investigadas na Operação Lava-Jato podem chegar a R$ 42,8 bilhões. O período analisado compreende de 2004 a 2014. Até agora, a Lava-Jato estimava uma cifra máxima de desvios de R$ 20 bilhões, decorrentes de um suposto esquema de cartel e fraude a licitações conduzido pelas empreiteiras, em conluio com políticos de PT, PMDB e PP e funcionários da estatal. “Considerando que em ambiente cartelizado a competitividade fica praticamente descartada, estima-se que os percentuais de lucros excessivos aplicados pelas empreiteiras cartelizadas possam ter variado entre o mínimo de 3%, correspondente aos valores repassados a partidos políticos e aos ex-funcionários da Petrobras, podendo chegar a até 20%”, informa o documento da perícia da PF. Na análise, a PF considera que os 20% seriam “um percentual conservadoramente considerado como máximo para a majoração indevida dos lucros decorrentes dos preços excessivos, aplicados em ambiente desprovido de livre concorrência”. O relatório de análise técnica também elenca a origem dos pagamentos feitos pela Petrobras para as 27 empresas investigadas e conclui que totalizaram R$ 215,67 bilhões. Anexado aos autos da investigação sobre a Odebrecht, o laudo indica que as provas colhidas até agora evidenciam a prática do crime de cartel. O delito é o crime antecedente à lavagem de dinheiro que ampara as acusações do Ministério Público Federal (MPF). Os procuradores deverão apresentar denúncia por cartel até o ano que vem.
Uma cifra como essa (R$ 42,8 bilhões) faz ruir o Brasil alternativo que o petismo tenta criar para si, um país fictício em que nada aconteceu.
Melhor enxergar a realidade e reforçar o time de advogados. A Justiça Federal autorizou a quebra do sigilo telefônico da sede do diretório nacional do PT em São Paulo.
A Justiça Federal autorizou a quebra do sigilo telefônico da sede do diretório nacional do PT, em São Paulo, e de mais seis números que supostamente foram usados pelo ex-tesoureiro da sigla João Vaccari Neto, segundo o Ministério Público Federal. Os dados, já fornecidos pelas operadoras de telefonia e encaminhados à Justiça, também incluem interceptações telefônicas da linha do Sindicato dos Bancários e de uma ex-funcionária da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) que hoje é vinculada ao PT, além da linha pessoal de Vaccari, de sua esposa e da residência dele. "É de todo plausível considerar-se que João Vaccari tenha se utilizado de linha fixa de sua residência e de outros números do diretório do Partido dos Trabalhadores a fim de realizar contatos profissionais, sendo possível, ademais, que tenha solicitado que terceiros realizasses as ligações em questão", disse o Ministério Público em manifestação sobre a medida. Dois números ligados ao coordenador-geral da Editora Gráfica Atitude, Paulo Roberto Salvador, também tiveram o sigilo quebrado. Os dados telefônicos cedidos vão de julho de 2010 a julho de 2015, período que engloba duas campanhas presidenciais. As medidas solicitadas pelo Ministério Público Federal integram a ação que investiga se a Gráfica Atitude foi usada pelo ex-tesoureiro do PT para lavar dinheiro de propina recebida por contratos com a Petrobras. As revelações sobre o esquema foram feitas pelo ex-executivo da Toyo Setal Augusto de Mendonça, que fez acordo de delação premiada. O advogado de Vaccari, Luis Flávio Borges D'urso, classificou as quebras de sigilo envolvendo outras pessoas e entidades que não são seu cliente como "devassa" e entrou com uma petição nesta quinta (11) para tentar excluir os dados telefônicos do PT e do Sindicato dos Bancários da ação. "Solicitamos que o juiz afaste telefones de pessoas e de instituições, como o próprio PT, que são estranhas ao processo. Não há necessidade. Pedimos para que ele reverta essa situação", disse D'urso. Ele também afirmou que seu cliente está "tranquilo" porque "não há nada de irregular nas suas ligações". Vaccari está preso em Curitiba (PR) há sete meses. Ele foi detido na 12ª fase da Operação Lava Jato. Além de ter sido tesoureiro do PT, foi presidente do Sindicato dos Bancários e da Bancoop. Procurado pelo reportagem, o PT afirmou que não comentará quebra de sigilo de sua linha telefônica.





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