sábado, 14 de novembro de 2015


Ataques de Paris foram feitos por três equipes coordenadas e deixaram dezenas de mortos na capital da França, que está em estado de emergência e com as fronteiras fechadas





Patrulha militar perto da Torre Eiffel



O procurador de Paris, François Molins, afirmou no sábado (14.nov.2015) que a série de atentados em Paris da última sexta-feira (13.nov.2015) "muito provavelmente" foi feita por três equipes de terroristas coordenadas entre si.
Os ataques, que atingiram seis locais durante a noite, deixaram até o momento 129 mortos e 352 feridos, dos quais 99 estão em estado grave. Sete dos responsáveis pelos ataques foram mortos.


Onde foram os ataques




Segundo Molins, o uso de fuzis AK-47 e de explosivos de TATP (peróxido de acetona), composto de alto poder de destruição, é um indício de que eles tinham a intenção de fazer o maior número de vítimas possíveis.
O procurador identificou também um dos terroristas responsáveis pelo ataque. Um dos sete homens era um francês de 29 anos condenado oito vezes pela Justiça entre 2004 e 2010 por crimes de menor potencial ofensivo.
Este homem estava desde 2010 na lista do governo francês de suspeitos de radicalização islâmica. Molins não deu detalhes dos delitos pelos quais o terrorista teria sido condenado.
Na noite deste sábado (14.nov.2015), a polícia prendeu o pai e um irmão deste homem de 29 anos na casa da família em Romilly-sur-Seine (a 130 km de Paris), informaram membros da investigação à imprensa francesa.
Moradores do bairro afirmam que a família era respeitada na região. Mais cedo, uma outra pessoa foi interrogada em Courcouronnes, cidade onde nasceu o terrorista francês.
Pouco antes, a região da torre Eiffel foi cercada pela polícia e por bombeiros devido a um alarme falso de uma explosão. Houve revista em um hotel próximo ao monumento, mas nada foi encontrado.
SÉRIE DE ATAQUES — Na entrevista coletiva, o procurador detalhou a sequência dos ataques, que ocorreram entre 21h20 e 21h53 de Paris (18h20 e 18h53 em Brasília) em seis pontos da capital francesa.
A tomada de reféns na casa de shows Bataclan só teve fim com a intervenção da polícia, por volta da 0h20 (21h20 em Brasília). Este foi o local onde houve o maior número de mortos pelos terroristas — 89 pessoas, segundo o promotor.
Além do francês de 29 anos, as autoridades identificaram como um dos atacantes um homem com passaporte sírio. As autoridades da Grécia afirmam que ele chegou como refugiado ao país em 3 de outubro.
Também foram presas diversas pessoas na Bélgica suspeitas de relação com os atentados. A investigação começou no país vizinho à França depois que um carro belga foi encontrado ao lado do Bataclan.
Mais cedo, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse que o país continuará a intervenção militar no Iraque e na Síria com o objetivo de atingir de forma mais dura o Estado Islâmico, que reivindicou a autoria do ataque.
"Nós atacaremos este inimigo para destruí-lo, na França mas também na Síria e no Iraque. Vamos responder no mesmo nível desse ataque, com grande determinação, com a vontade de destruir. E vamos ganhar essa guerra", disse.
Ele disse ainda que o presidente François Hollande vai discutir os meios que serão empregados nessa resposta no Congresso francês na segunda-feira (16.nov.2015). Também confirmou a realização da COP21 em Paris e que as eleições regionais, marcadas para 6 e 13 de dezembro, não serão adiadas.



Polícia forense trabalha no café Comptoir Voltaire, cena de um dos atentados




Homem coloca vela em frente ao restaurante Le Carillon, em homenagem às vítimas





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