Avon negocia nos Estados Unidos acordo num caso de pagamento de ‘propina’ que envolve o Brasil
Pilhada numa investigação que detectou o pagamento de propinas a funcionários públicos no exterior, a Avon Products Inc. tenta fechar um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O caso sorve energias e recursos da multinacional de cosméticos num instante em declinam seus lucros e sua receita.
Entre os países em que a Avon teria molhado a mão de servidores estão a China e o Brasil. O pedaço brasileiro da encrenca envolve a contratação de consultores que, valendo-se de subornos, teriam ajudado a empresa a livrar-se de pendências tributárias.
O tempo fechou para a Avon nos Estados Unidos porque vigora na terra de Barack Obama uma lei draconiana, a Lei das Práticas de Corrupção no Estrangeiro. Sujeita a punições severas as empresas que têm ações negociadas no mercado americano e que recorrem ao suborno nos negócios feitos no exterior.
A investigação já dura cinco anos. Além de macular a reputação da Avon, já custou à empresa US$ 280 milhões apenas em custos legais. A tentativa de fechar uma acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos é mencionada em documento submetido às autoridades americanas há dois dias.
O esforço para encerrar a pendência é patrocinado por Sheri McCoy, que assumiu o comando da Avon em 23 de abril. Vinda da Johnson & Johnson, a nova executiva tenta interromper um ciclo de desempenho declinante que já dura anos. Também há dois dias, a Avon divulgou os resultados que obteve no segundo trimestre de 2012: seus lucros (US$ 61,6 milhões) caíram 70%. Sua receita (US$ 2,6 bilhões) declinou 9%.
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