Suprema Corte de Israel autoriza libertação de presos palestinos
A Suprema Corte de Israel rejeitou os quatro recursos apresentados por familiares de vítimas de atentados contra a libertação de mil prisioneiros palestinos em troca do Gilad Shalit, sequestrado há cinco anos por militantes palestinos. A sessão foi interrompida várias vezes por alguns familiares. O pai do soldado Shalit, Noam Shalit, foi até a Suprema Corte para defender o acordo, firmado entre o governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e o Hamas, grupo islâmico que controla a faixa de Gaza. Segundo Noam Shalit, a suspensão do acordo seria uma "sentença de morte" para seu filho. A Suprema Corte costuma rejeitar recursos contra a libertação de prisioneiros palestinos, argumentando que trata-se de uma decisão política de grande abrangência, que pode ter impacto na segurança nacional e nas relações exteriores do país. A discussão na Suprema Corte é o último obstáculo para a troca dos prisioneiros palestinos por Shalit, prevista para ocorrer na manhã desta terça feira - 18 de outubro. Um dos recursos foi apresentado por Meir Schijveschuurder, que perdeu os pais e três irmãos no atentado suicida cometido em 2001 na pizzaria Sbarro, em Jerusalém. O atentado matou 15 pessoas, entre elas o brasileiro Giora Balazs, de 68 anos. A associação Almagor, que representa algumas famílias de vitimas de atentados, e o advogado Zeev Dasberg, que perdeu sua irmã em um ataque em 1996, também entraram com recursos. O quarto recurso é de autoria de uma residente de Jerusalém, Ronit Tamari, que afirma temer que a libertação dos prisioneiros "gere uma nova onda de terror". As autoridades israelenses já concentraram 430 prisioneiros na cadeia de Ktziot, onde já foram identificados e examinados pela Cruz Vermelha. De Ktziot, eles deverão ser transportados nesta terça-feira(18), por ônibus da Cruz Vermelha, para pontos de checagem nas entradas da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, onde serão libertados. Outros 47 prisioneiros, 27 mulheres e 20 cidadãos árabes israelenses ou residentes de Jerusalém Oriental, foram concentrados na cadeia Hasharon, e de lá serão transportados no momento da libertação.
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