quinta-feira, 27 de outubro de 2011


MEC descarta cancelar provas do 
Enem 2011

O Ministério da Educação afirmou que não há possibilidade de cancelamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizadas no último fim de semana. O órgão informou que tomou conhecimento das denúncias de vazamento e das fotos das questões de um simulado postadas por um aluno de um colégio de Fortaleza (CE), que seriam idênticas às dos cadernos de provas. O MEC confirmou que as questões são as mesmas e acionou a Polícia Federal para investigar o caso.
O Ministério, no entanto, descarta qualquer tipo de vazamento do Enem durante a aplicação da prova no fim de semana, por isso vai apurar como aconteceu o suposto simulado do colégio com as questões idênticas. O órgão estuda a possibilidade de cancelar as provas dos alunos da escola do Ceará e pode processar o colégio, caso descubra o envolvimento da instituição na cópia das questões.
Não há possibilidade de cancelamento nacional do Enem. Sobre a recomendação do MPF cearense, o MEC disse que "é um exagero". O Ministério não acredita que o exame tenha sofrido “um abalo de credibilidade”, pois o problema foi localizado em Fortaleza.


Colégio Christus

Cópias de um simulado que seria do Colégio Christus estão circulando no Facebook. O perfil com nome #Enemvazou divulga o link onde as fotos da prova foram postadas em outro perfil. O simulado teria sido aplicado aos alunos cearenses à vésperas do exame nacional.
O diretor da escola cearense que supostamente distribuiu a seus alunos uma apostila com algumas questões semelhantes às do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) afirmou que o colégio não teve acesso antecipado ao conteúdo da prova aplicada no último final de semana. Segundo Davi Rocha, a “coincidência” pode ter sido causada pela metodologia empregada para a confecção do teste.
“Estamos achando que o banco de questões da escola foi alimentado por perguntas pré-testadas”, disse Rocha . O diretor lembra que as questões que compõem a prova do Enem são testadas previamente - para avaliar o grau de dificuldade do item - por meio de avaliações aplicadas a alguns estudantes. Depois desse primeiro teste, as questões são incluídas em um grande banco de itens que fica à disposição do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela elaboração do Enem.
De acordo com Rocha, alguns alunos do colégio Christus participaram do último pré-teste e podem ter apresentado as questões a seus professores para que elas fossem resolvidas em sala de aula. Posteriormente, os docentes podem ter incluído essas perguntas no banco de dados da própria escola, alimentado, de acordo com Rocha, com questões de testes de vestibulares, concursos públicos e provas do Enem de anos anteriores.
“Estamos achando que tivemos acesso [às questões do Enem deste ano] sem saber, por meio das questões pré-testadas. Os alunos podem ter retirado essas questões dos pré-testes e submetido aos examinadores do colégio”, afirmou o diretor.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), nenhum aluno que participa do pré-teste fica com o caderno de questões. Diante das suspeitas, o ministério acionou a Polícia Federal (PF) para apurar o suposto vazamento da prova e estuda o cancelamento do teste aplicado aos 639 alunos do colégio Christus. Este ano, o Enem foi aplicado a cerca de 4 milhões de estudantes distribuídos por 14 mil locais de 1,6 mil cidades.

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