Empresa acusada fez saques de R$ 335 mil
Segundo polícia, retiradas de suspeita de desvio foram em dias em que empresário teria dado dinheiro a Agnelo
Agnelo Queiroz governador do DF |
A JG e a Infinita são acusadas de envolvimento no desvio de verbas do Segundo Tempo. Em depoimento à Polícia Federal na quarta-feira, o policial militar João Dias Ferreira disse que a Infinita e a JG eram empresas de fachada. Elas seriam operadas por Miguel Santos Souza para fornecer notas fiscais falsas para ONGs financiadas pelo Segundo Tempo. Segundo o policial, as ONGs simulavam compras para repassar o dinheiro às empresas de Souza. A partir daí, o dinheiro abasteceria os cofres de dirigentes do PCdoB, partido que controla o Ministério do Esporte desde 2003.
Duas ONGs de João Dias, a Federação Brasiliense de Kung Fu e a Associação João Dias de Kung Fu, são acusadas de desviar R$ 3,2 milhões do Segundo Tempo. Relatório da Operação Shaolin informa que João Dias usou notas falsas das empresas de Souza para justificar despesas inexistentes nos programas de incentivo ao esporte a crianças do Distrito Federal. No depoimento prestado à PF, João Dias não incluiu Agnelo entre os supostos beneficiários dos desvios do programa Segundo Tempo.
Mas, ao ratificar as acusações contra a Infinita e a JG, entre outras, o policial abre caminho para o aprofundamento das investigações sobre a suposta propina. O caso começou numa apuração da Polícia Civil do Distrito Federal. Mas, como a instituição não tem competência legal para investigar desvios com verbas federais, o inquérito foi transferido para a Polícia Federal. Como Agnelo foi eleito governador, o caso subiu para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Agora, a pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o caso deverá ser transferido para o Supremo Tribunal Federal (STF).
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