Brasil precisa conter inflação sem causar estragos no câmbio, diz OCDE.

Conter a inflação sem causar efeitos negativos no câmbio é o principal
desafio macroeconômico do Brasil no curto prazo, aponta estudo realizado
pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e
divulgado. De acordo com análise, parte da apreciação da moeda
brasileira nos últimos anos, que tem acarretado preocupações em relação à
competitividade do Brasil, tem sido estrutural. "É desaconselhável
esforços com vista a compensar o aumento", diz o texto. O levantamento
sobre a economia brasileira aponta ainda que, apesar do mérito do país
em ter se recuperando rapidamente dos efeitos da crise internacional, o
Brasil precisa realizar mudanças mais amplas e estruturais, como a
reforma da Previdência, redução da carga fiscal e investimentos em
infraestrutura. Esses pontos, na avaliação da organização, são
fundamentais para que o crescimento brasileiro seja sustentável. A OCDE
aposta que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil ficará abaixo de 4%
nos próximos dois anos, acima da média dos países vinculados à
organização. "Acreditamos que o Brasil poderá alcançar, a médio prazo,
um crescimento mais elevado e com inclusão ainda mais abrangente, sob a
condição de que quem toma as decisões políticas no país enfrente os mais
importantes desafios econômicos, criando uma dinâmica propícia a
reformas mais amplas", afirma o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría
no texto divulgado pela entidade. A OCDE reúne países desenvolvidos e em
desenvolvimento, com renda e IDH elevados. Atualmente, a entidade conta
com 34 países que aceitam os princípios da democracia representativa e
da economia de livre mercado. O Brasil compõe o quadro de membros.
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