Inquérito do banco PanAmericano revela que cúpula sabia do rombo

Inquérito da Polícia Federal que investiga o socorro ao banco
PanAmericano revela que a cúpula do banco foi alertada sobre a
fragilidade de caixa pelo menos nove meses antes de a instituição de
Silvio Santos quebrar em consequência de um rombo de mais de R$ 4
bilhões, motivado, principalmente, pela declaração fantasiosa de
receitas e carteiras. O então diretor de crédito, Adalberto Savioli,
informou por e-mail, em 25 de fevereiro de 2010, que não estava
"conseguindo segurar o número" e que eram necessárias medidas de
emergência para regularizar as contas, "senão 2010 será uma tragédia".
Para a Polícia Federal, outro e-mail reforça as suspeitas de fraude. Em 8
de abril, o então diretor financeiro, Wilson de Aro, relata a
impossibilidade de remendar o problema de caixa ("o que eu tinha de
fazer eu já fiz") e avisa que "é bem provável" que a auditoria
contratada pelo banco (Deloitte) "enxergue" o que estava acontecendo. A
polícia descobriu, porém, que, em agosto, quando o Banco Central se
debruçava sobre os números inconsistentes do banco, o então presidente
do PanAmericano, Rafael Palladino, comprava um apartamento de luxo em
Miami. Mais: semanas antes, ele negociava a abertura de uma empresa no
paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe.
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