CPERS “enterra” discurso do Secretário da Educação do Rio Grande do Sul

Professores, funcionários de escola e estudantes realizaram na manhã de quinta-feira (27) um ato público em frente à Secretaria Estadual da Educação para cobrar do governo Tarso Genro a imediata implementação do piso salarial. Os manifestantes também repudiaram as propostas do governo de reforma do ensino médio e de mudanças no sistema de avaliação dos professores.
A manifestação foi encerrada com a entrega de uma coroa de flores simbolizando a “morte do discurso” do secretário José Clóvis de Azevedo contra a meritocracia e em favor da educação pública e dos educadores. Na coroa, deixada na porta de acesso à Secretaria, foi gravada a frase: aqui jaz o seu discurso em defesa da educação pública e dos direitos dos educadores.

Os professores lembraram que o piso salarial é uma promessa de campanha do governador Tarso Genro e defenderam que o ensino médio não precisa de reformas, mas sim de “concursos públicos, bibliotecas e laboratórios em pleno funcionamento, remuneração digna para os trabalhadores e de investimentos na educação, como os 10% do PIB e os 35% previstos pela Constituição Estadual”.
O Estado do Rio Grande do Sul ingressou com uma Ação Cautelar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão do imediato pagamento do piso nacional dos professores de ensino básico das escolas públicas brasileiras. Os procuradores do Estado do Rio Grande do Sul alegam que a decisão que determinou o imediato pagamento do piso não considerou as ponderações dos governadores e a difícil situação financeira do Estado.
No dia 13 de outubro, Tarso Genro disse que o piso nacional dos professores será pago até o final de seu governo.

 “Eu assumo aqui, novamente, o compromisso de deixar o piso dos professores pago na minha gestão. Nós já temos para o ano que vem mais R$ 400 milhões para que possamos reduzir mais um pouco a diferença do nosso básico em relação ao piso nacional”.