sábado, 1 de outubro de 2011


FMI quer ampliar baú de empréstimos para US$ 1,3 trilhão

O Fundo Monetário Internacional, buscando garantir aos mercados que tem o poder de fogo financeiro necessário para lidar com o agravamento dos problemas na Europa e com crises em outros lugares, estuda maneiras de conseguir pelo menos US$ 1,3 trilhão em recursos para empréstimos, segundo dirigentes envolvidos nas conversas.
Atualmente o FMI possui uns US$ 630 bilhões em recursos utilizáveis; cerca de dois terços desse valor podem ser emprestados, segundo as regras da instituição.
Sob o plano em estudos, o fundo precisaria tornar permanente uma linha de crédito temporária de US$ 590 bilhões que foi criada em resposta à crise financeira de 2008.
O FMI também está contando com os países-membros para finalmente aprovar uma duplicação das contribuições desses países, totalizando US$ 750 bilhões, que já foram aprovados em princípio. As aprovações por legisladores de cada país devem ocorrer no início de 2012.
Além disso, dizem autoridades envolvidas nas discussões, o FMI também está pesando a possibilidade de vender títulos nos mercados privados a curto prazo, medida que poderia reforçar sua rede de segurança para além de US$ 1,3 trilhão. O FMI nunca vendeu títulos deste tipo, e os Estados Unidos e Alemanha, entre outros, vêm resistindo a esse tipo de manobra, com a preocupação de que o FMI ficaria com demasiada independência em relação aos seus maiores acionistas. Não está claro se essa oposição diminuiu com a atual turbulência dos mercados financeiros globais.
Autoridades financeiras do Grupo dos 20 países industrializados e em desenvolvimento estão trabalhando discretamente com dirigentes do FMI nessas questões.
No início do ano, o FMI propôs reforçar a sua base de financiamento e elaborar novas linhas de crédito de curto prazo. Mas a aceleração da crise da dívida pública na Europa deu novo impulso às propostas.
Mesmo que a Europa consiga reforçar sua própria linha de crédito para resgate financeiro nas próximas semanas, alguns crêem que talvez seja insuficiente para apagar efetivamente o incêndio das dívidas públicas. As novas propostas do FMI, se aprovadas, serviriam como retaguarda para os atuais esforços europeus para conter a crise.
O ministro da Fazenda da Polônia, Jacek Rostowski, como representante para a presidência da União Europeia, disse recentemente ao comitê de direção política do FMI que o mecanismo temporário de empréstimo, conhecido como Novos Acordos para Empréstimos (NAB, na sigla em inglês), deve "continuar a desempenhar o papel de fundo de emergência para completar a quota dos recursos".
Em separado, países emergentes importantes disseram reuniões anuais do FMI de setembro que estão abertos para disponibilizar outros recursos para empréstimos através do FMI.

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