Compras no exterior com cartão de crédito mais caras
Sem alarde, o governo de Dilma Rousseff prepara um presente de grego para a classe média.
Estuda-se a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) das despesas feitas com cartão de crédito no exterior.
A ideia é tonificar a alíquota dos atuais 0,38% para mais de 4%.
A medida faz parte das ações para tentar reduzir o consumo de brasileiros no exterior.
Empresários dizem que a demanda por importados já afeta produtos locais.
A combinação de ganho de renda dos trabalhadores - impulsionada pelo maior crescimento econômico - com dólar barato favorece não apenas as viagens para fora do país dos turistas brasileiros como também as compras de importados por meio da internet.
O decreto que eleva a alíquota de IOF sobre cartões de crédito internacional começou a ser estudado pela equipe de Dilma Rousseff após a divulgação do valor das compras de brasileiros com cartão em 2010.
Essas transações bateram recorde no ano passado. Elas atingiram US$ 10 bilhões, aumento de 54% em relação ao volume registrado em 2009. Apenas no último trimestre de 2010, esses gastos dos brasileiros em dólar ultrapassaram US$ 1 bilhão por mês.
O salto na média mensal - no mesmo período de 2009, o patamar era de US$ 600 milhões - chamou a atenção da área econômica.
A medida valeria apenas para as compras feitas a partir da data de publicação do decreto presidencial.
Num exemplo hipotético, confirmando-se a mordida, a taxação de uma compra de R$ 2.000 feita no estrangeiro passaria dos atuais R$ 7,60 para R$ 80.
PS: No ano passado, o governo federal arrecadou R$ 27,2 bilhões com o IOF incidente em todas as modalidades de crédito, incluindo as compras com cartão no exterior. A receita com esse imposto representou 3,3% do total arrecadado em 2010 pela União.
Nas palavras de um assessor, as compras de brasileiros no exterior viraram uma verdadeira "farra" nos últimos meses.
Situação
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