O salário mínimo de R$ 545,00 será insuficiente para repor a inflação acumulada desde o reajuste anterior e permitirá uma economia extra em ano de ajuste fiscal (a cada mês com o mínimo a R$ 540,00 poupam-se pelo menos R$ 115 milhões). A sanção presidencial do novo valor, porém, demorará mais alguns meses, em razão de detalhes legislativos omitidos na retórica das autoridades. Pela regra estipulada no projeto aprovado pelos deputados federais, o novo valor só entrará em vigor no primeiro dia do mês seguinte a sua conversão em lei, na hipótese mais otimista, em 1º de março. Com isso, a conta da inflação acumulada passa a incluir também os meses de janeiro, que foi acima das expectativas, e fevereiro, cujo resultado previsto é ruim. Se confirmadas as mais recentes projeções para o INPC (índice-referência das negociações) deste primeiro bimestre, o novo salário mínimo terá em março um poder de compra 1,3% inferior ao de janeiro de 2010, no último reajuste do governo Lula. Para repor a inflação de 14 meses, seria necessário um aumento para R$ 552,00. Trata-se do primeiro reajuste anual do mínimo abaixo da inflação desde 1997. Pelo acordo entre a administração petista e os sindicatos, o reajuste deveria ao menos fazer a correção pela variação dos preços.
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Situação
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