sexta-feira, 24 de agosto de 2012


Henrique Pizzolato: morou, estudou e se filiou ao PT na cidade gaúcha de São Leopoldo.

Pouca gente sabe, mas pelo menos um dos réus do Mensalão, em julgamento no STF, teve passagem por São Leopoldo, Rio Grande do Sul. Hoje com 59 anos, Henrique Pizzolato é natural de Toledo, Paraná. No final dos anos 70 chegou à São Leopoldo para cursar Arquitetura e Urbanismo na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos, residindo na cidade por alguns anos. Residia num apartamento na Rua Presidente Rooseveld, ao lado do Café Mário. Na Universidade ele desenvolveu um projeto conjunto com colegas acadêmicos sobre habitação social comunitária, que se constituía na ativação de um espaço único para os equipamentos e serviços de cozinha, lavanderia, limpeza e área de lazer em conjunto para um grupo definido de unidades familiares, reduzindo o custo final familiar. O projeto inédito teve reportagem publicada pelo jornal VS, ganhando manchete.
Após a faculdade, Pizzolato retornou ao Paraná, sendo candidato à vereador por Toleto e a governador do Estado do Paraná, pelo PT.
Hoje Pizzolato reside em Copacabana, no Rio de Janeiro, aposentado em 2005 quando diretor de marketing do Bando do Brasil, imediatamente após ser envolvido nas denúncias do Mensalão, tido como o maior crime de corrupção que já ocorreu no País. As investigações apuraram que Pizzolato teria recebido R$ 330 mil e permitido cerca de R$ 63 milhões em pagamentos pelo Banco do Brasil em contratos de serviços não executados pelas empresas de Marcos Valério.
As provas mais valiosas que estão nos autos são os laudos periciais feitos pelo Instituto Nacional de Criminalística, elaborado por peritos oficiais e cujos laudos não foram nunca contestados. Aí estão materializadas as fraudes; as falsificações, o exame dos documentos informais elaborados para confirmar o pagamento a terceiros; o exame das notas falsificadas apresentadas para justificar as cobranças feitas ao Banco do Brasil e que aliado aos contratos de fachada feitos para justificar os ditos empréstimos bancários. As provas testemunhais são complementares e só servem para corroborar os laudos apresentados. Isto sem falar nas auditorias feitas pelo Banco Central, Controladoria Geral da República e do Tribunal de Contas, bem como autuações da Receita Federal. Examinadas elas são provas irrefutáveis, tanto que os mensaleiros, por seus advogados, nunca as contestaram e apenas inventaram estórias para desviar a atenção do público e dar munição aos que estão amestrados no apoio ao PT.

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