quarta-feira, 19 de outubro de 2011


Uma sede de R$ 3,3 milhões

O PCdoB comprou há três anos em São Paulo uma sede que custou R$ 3,3 milhões. O prédio, no Centro de São Paulo, tem oito andares. Abriga o comitê central e a fundação partidária Mauricio Grabois. Apesar das melhorias no prédio, a sigla disse ao Tribunal Superior Eleitoral, ano passado, que o imóvel sofreu depreciação de R$ 559 mil.
Segundo João Brasil, assessor da presidência do partido, as negociações com a empresa Chammas Administração de Bens e Participações começaram em 2007, quando a sigla assinou termo de garantia de compra.
Dados do TSE consultados apontam que o "sinal" de compra foi de R$ 610 mil. Os outros R$ 2,69 milhões foram pagos em 2008. O contrato de compra e venda foi registrado em 29 de abril daquele ano, quando o partido obteve R$ 3,7 milhões em doações, R$ 874 mil de pessoas jurídicas. Mas, segundo Brasil, a metade do imóvel foi comprada com recursos do Fundo Partidário, que naquele ano também rendeu R$ 3,7 milhões aos cofres comunistas.
João Brasil afirmou que as atuais denúncias envolvendo ONGs não têm relação com a compra da sede:
— O pagamento foi feito com uma junção de recursos, metade do Fundo Partidário, metade de doações e colaborações dos militantes. As contas foram prestadas e aprovadas pelo TSE.
O prédio foi o primeiro imóvel próprio do partido desde a criação em 1922. O PCdoB tem 102 mil filiados, contra 1,5 milhão do PT. O imóvel foi comprado da família Chammas, dona do Moinho São Jorge. As donas da Chammas são Liana e Simone Chammas Camasmie, mãe e filha. Elas não foram localizadas para se manifestarem sobre o caso.

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