Ministério Público quer aumentar pena do publicitário mineiro Marcos Valério
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Marcos Valério |
O Ministério Público Federal em Minas Gerais recorreu da sentença que
condenou o publicitário Marcos Valério de Souza e seu ex-sócio Cristiano
Paz por prestarem informações falsas ao Banco Central. A procuradoria
quer aumentar a pena aplicada a eles, no final de agosto, pela Justiça
Federal. Marcos Valério foi condenado a seis anos, dois meses e 20 dias
de prisão a ser cumprida em regime semiaberto. Cristiano Paz recebeu
pena de quatro anos e oito meses, também em regime semiaberto. No
recurso, o Ministério Público sustenta a necessidade de elevação das
penas ao valor máximo previsto em lei. Nesse caso, seriam seis anos de
pena-base, devendo se somar a esses anos os agravantes. Na pena aplicada
pela Justiça, foi considerado como pena-base quatro anos. O crime que
condenou Valério e Paz está previsto em uma lei que trata dos crimes
financeiros, de 1986. O Ministério Público quer ainda aumentar a
pena-base de cada um dos agravantes envolvidos com o crime principal. O
recurso foi apresentado ao Tribunal Regional Federal da 1º Região. Diz a
sentença do juiz da 4ª Vara Federal em Belo Horizonte, Leonardo Augusto
de Almeida, que, em 1999, Valério e Paz deram declarações falsas sobre
as operações e a situação financeira da agência SMP&B no Banco
Rural, após alterarem o capital da empresa de R$ 150 mil para R$ 4,5
milhões. Isso fez com que pudessem justificar ao Banco Central depósitos
irregulares que entraram na conta da agência sem levantar suspeitas. Na
sentença Aguiar alegou que esse fato encobriu a situação financeira da
SMP&B até junho de 2005, quando veio à tona o escândalo do Mensalão
do PT e a investigação sobre as empresas de Marcos Valério.
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