"Maus-tratos": no Paraná, presidente da Renault faz críticas a Requião.
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Carlos Ghosn |
O presidente mundial da Renault, Carlos Ghosn, criticou o senador e
ex-governador do Paraná Roberto Requião (PMDB) durante a cerimônia para
anúncio dos investimentos de R$ 500 milhões na ampliação da fábrica em
São José dos Pinhais (PR). Segundo o executivo, durante os oito anos do
governo do peemedebista, ele nunca foi recebido para uma reunião ou
encontro com objetivo de discutir investimentos da empresa no Estado.
"Não fomos bem tratados pelo governo do Paraná nos últimos oito anos.
Nesse período, visitei a fábrica todos os anos e nunca encontrei o
ex-governador. Agora, vamos ficar queridos no Paraná", disse. De acordo
com Ghosn, os "maus-tratos" foram frequentes e chegaram a gerar dúvidas
sobre o investimento ser ou não feito no Estado. "Outros quatro Estados
(Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e São Paulo) disputavam a fábrica da
Renault, mas depois decidimos ficar aqui", disse. O governador Beto
Richa (PSDB) também afirmou que a empresa foi mal tratada nos últimos
oito anos no Estado: "Quero fazer aqui um gesto de desagravo pelos
maus-tratos que a Renault sofreu e resgatar a confiança da empresa no
governo paranaense". O governo do Paraná concedeu incentivos fiscais
para a ampliação da fábrica em São José dos Pinhais.
A empresa pretende elevar a produção de 40 para 60 carros por hora e
alcançar 8% do mercado nacional até 2016. Ao todo, a empresa já investiu
R$ 1,5 bilhão na fábrica. Atualmente, a Renault tem 5% do mercado
brasileiro e a previsão é vender 200 mil unidades neste ano. Até 2016, a
empresa pretende lançar até 13 novos modelos no Brasil. Hoje, o Sandero
representa 3% do total do mercado da Renault.
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