quarta-feira, 5 de outubro de 2011


"Maus-tratos": no Paraná, presidente da Renault faz críticas a Requião.

Carlos  Ghosn
O presidente mundial da Renault, Carlos Ghosn, criticou o senador e ex-governador do Paraná Roberto Requião (PMDB) durante a cerimônia para anúncio dos investimentos de R$ 500 milhões na ampliação da fábrica em São José dos Pinhais (PR). Segundo o executivo, durante os oito anos do governo do peemedebista, ele nunca foi recebido para uma reunião ou encontro com objetivo de discutir investimentos da empresa no Estado. "Não fomos bem tratados pelo governo do Paraná nos últimos oito anos. Nesse período, visitei a fábrica todos os anos e nunca encontrei o ex-governador. Agora, vamos ficar queridos no Paraná", disse. De acordo com Ghosn, os "maus-tratos" foram frequentes e chegaram a gerar dúvidas sobre o investimento ser ou não feito no Estado. "Outros quatro Estados (Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e São Paulo) disputavam a fábrica da Renault, mas depois decidimos ficar aqui", disse. O governador Beto Richa (PSDB) também afirmou que a empresa foi mal tratada nos últimos oito anos no Estado: "Quero fazer aqui um gesto de desagravo pelos maus-tratos que a Renault sofreu e resgatar a confiança da empresa no governo paranaense". O governo do Paraná concedeu incentivos fiscais para a ampliação da fábrica em São José dos Pinhais.
A empresa pretende elevar a produção de 40 para 60 carros por hora e alcançar 8% do mercado nacional até 2016. Ao todo, a empresa já investiu R$ 1,5 bilhão na fábrica. Atualmente, a Renault tem 5% do mercado brasileiro e a previsão é vender 200 mil unidades neste ano. Até 2016, a empresa pretende lançar até 13 novos modelos no Brasil. Hoje, o Sandero representa 3% do total do mercado da Renault.

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