Irã "rejeita totalmente" proposta
de inclusão palestina na ONU
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aiatolá Ali Khamenei |
O líder supremo do Irã rejeitou o pedido de inclusão da Palestina na
ONU. Para ele, qualquer acordo que aceite a existência do Estado de
Israel deixará um "tumor cancerígeno" que ameaçará a segurança do
Oriente Médio. O aiatolá Ali Khamenei ameaçou o Estado judaico e
seus aliados de "golpes paralisantes" que o escudo antimísseis da
Otan, a aliança militar do Ocidente, não poderá impedir. "Qualquer
plano que procure dividir os Palestinos é totalmente rejeitado",
afirmou Khamenei. "O cenário de dois Estados, que foi camuflado na
autoigualdade da aceitação do governo palestino e da entrada nas
Nações Unidas, não é nada mais do que a capitulação das exigências
dos sionistas ou o reconhecimento do regime sionista na terra
palestina". Os Estados Unidos, aliados de Israel, prometeram vetar o
pedido palestino de se tornar membro total da ONU, que está sendo
discutido por um painel do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O discurso de Khamenei salienta o apoio do Irã a grupos que se opõem
a Israel, incluindo a organização islâmica Hamas, que controla a
faixa de Gaza, e rejeitou a proposta apresentada pelo presidente
palestino, Mahmoud Abbas, classificando-a como uma "imploração" por
status de nação. O clérigo islâmico também procurou vender a imagem
de que o Irã é o maior defensor da causa palestina, criticando
outros países da região que têm laços estreitos com Washington. Dois
deles, Egito e Jordânia, reconheceram a existência do Estado de
Israel. "Governos que abrigam embaixadas ou escritórios econômicos
sionistas não podem advogar em apoio à Palestina", afirmou, em
comentários direcionados inclusive para o Egito pós-Mubarak. Teerã
tenta restabelecer os laços com os egípcios, cortados desde 1979.
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