Indígenas bolivianos se reagrupam para continuar marcha para La Paz
Pessoas protestam em La Paz, em apoio a ativistas da Amazônia bolivariana que são contra a construção de estrada em reserva tropical. |
Os indígenas bolivianos que defendem uma reserva natural por considerá-la ameaçada por uma estrada financiada pelo Brasil se reagruparam para continuar sua marcha em direção a La Paz, após a violenta repressão policial do fim de semana passado que agravou o conflito e obrigou a renúncia de dois ministros. O reagrupamento aconteceu em Quiquibey, a mais de 200 quilômetros ao nordeste de La Paz, ao qual chegaram cerca de mil indígenas em veículos desde povoados vizinhos. "É o início do reagrupamento, o reencontro das três colunas que restaram após serem dispersadas", declarou por telefone desde a Amazônia o presidente da Confederação Indígena do Oriente Boliviano (Cidob), Adolfo Chávez. Cerca de 1.500 amazônicos tinham percorrido até o domingo passado - 25 de setembro - cerca de 300 quilômetros, desde o dia 15 de agosto, e dizem que estão decididos a chegar a La Paz para exigir a suspensão total da rodovia que atravessará, segundo o projeto defendido por Morales, o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis). O indio cocaleiro Evo Morales pediu perdão pela operação policial, embora não se sinta responsável por ela, nem nenhum de seus colaboradores, e insiste em que os meios de imprensa exageram e falseiam o ocorrido, tese negada pelas associações bolivianas de jornalistas, rádios e diários.
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