quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Usineiros dizem que carro flex pode fracassar

Diante da queda de competitividade do álcool em relação à gasolina e da falta de um plano estrutural para o setor, os produtores de cana começam a admitir a possibilidade de o programa flex fuel fracassar, como ocorreu com o Pró-Álcool. O presidente da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar), Marcos Jank, disse que, se não houver mudanças significativas no setor, o consumo de etanol hidratado deve cair ainda mais, diminuindo o interesse dos consumidores e da indústria nos carros flex. Segundo os dados mais recentes da ANP (Agência Nacional do Petróleo), as vendas de etanol hidratado pelas distribuidoras caíram 22% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2010. Em contrapartida, as vendas de gasolina subiram 15% no mesmo intervalo. O motivo da queda nas vendas do hidratado é o preço. Diante da estabilidade do valor da gasolina no mercado interno, o álcool tornou-se menos atrativo para o motorista. A Petrobras não mexe no preço da gasolina nas refinarias desde 2009. Na semana passada, era mais vantajoso para o consumidor abastecer seu carro flex com etanol em apenas quatro Estados, segundo pesquisa da ANP: São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Tocantins.

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