sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Mensalão sob risco de impunidade na próxima semana

Pode prescrever na próxima semana o processo contra os 40 envolvidos no Escândalo do Mensalão, maior crise política instalada no Governo Lula, nos anos de 2005 e 2006, que consistia num esquema de pagamento de propina a parlamentares para que votassem a favor de projetos do Governo.

Em 12 de agosto de 2005, o então Presidente Lula fez um pronunciamento na TV em que se disse "traído" e afirmou que o ''PT tem que pedir desculpas", mas não citou nomes. Em 30 de agosto, o tesoureiro do PT na época, Delúbio Soares, enviou à recém formada “CPI do Mensalão” uma carta envolvendo PSB e PC do B no esquema.
A CPI do mensalão aprovou em setembro relatório que pede a cassação de 18 deputados: Carlos Rodrigues (PL-RJ), João Magno (PT-MG), João Paulo Cunha (PT-SP), José Borba (PMDB-PR), José Dirceu (PT-SP), José Janene (PP-PR), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA), Paulo Rocha (PT-PA), Pedro Corrêa (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Roberto Jefferson (PTB-RJ), Romeu Queiroz (PTB-MG), Sandro Mabel (PL-GO), Valdemar Costa Neto (PL-SP) (que já havia renunciado um mês antes), Vadão Gomes (PP-SP), Wanderval Santos (PL-SP). Destes, apenas Dirceu, Corrêa e Jefferson perderam o mandato e com isso os direitos políticos por oito anos.

Em 2006, a Procuradoria Geral da República apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) denúncia contra 40 pessoas supostamente envolvidas com a compra e venda de votos que favorecessem o Governo e no ano seguinte o STF converteu o processo em ação penal e os acusados passaram a responder como réus. Alguns dos acusados de formação de quadrilha foram grandes aliados de Lula, como o ex-Ministro da Casa Civil, José Dirceu, o ex-Tesoureiro do PT, Delúbio Soares, o ex-Presidente do PT, José Genoino, além de Luiz Gushiken e Silvio "LandRover" Pereira.

Agora, os Ministros do STF terão de aplicar, no momento do julgamento, penas aos acusados por este delito superiores a dois anos. Se a pena não ultrapassar este período, eles estarão livres dessa acusação e o crime será prescrito.

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