terça-feira, 30 de agosto de 2011

Após ouvir Dilma, CUT faz ato contra alta do superávit.
Nesta terça-feira - 30 de agosto, ao meio-dia, a militância da CUT faz um ato em frente ao edifício do Banco Central, em São Paulo (Av. Paulista, 1804), para reivindicar a redução das taxas de juros e ampliação dos investimentos em políticas públicas e programas sociais.
Braço sindical do petismo, a CUT vai protestar contra a decisão do governo de elevar em R$ 10 bilhões a meta de superávit fiscal de 2011.
A convocação foi feita depois de reunião de Dilma Rousseff com representantes das centrais sindicais. Entre eles Artur Henrique (foto), presidente da CUT.
No encontro, Dilma explicou que decidiu elevar o superávit, contendo gastos, para criar um ambiente propício à queda dos juros.
A CUT “exige” a redução imediata taxa básica de juros (Selic). Mas pega em lanças contra a mexida na meta de superávit.
“Essa decisão vai contra a visão da CUT de que é preciso fortalecer o mercado interno e manter as políticas públicas e sociais”, disse Artur.
Durante a reunião, Artur deixou claro que a Central não concorda com o aumento do superávit e alertou que a manutenção das políticas públicas e sociais depende fundamentalmente do papel do Estado.
“A presidenta acha que as medidas criam as condições para diminuir as taxas de juros e nós achamos que, se não houver mobilização da sociedade, a taxa não cai.”
A manifestação da CUT coincide com o início da reunião de dois dias do Copom, o órgão do BC responsável pela fixação da taxa de juros.
O encontro dos diretores do BC começa nesta terça-feira - 30 de agosto. Na quarta-feira - 31 de agosto, será divulgado o veredicto sobre os juros, hoje fixados em 12,5 ao ano.
Tomado pelas palavras, o presidente da CUT dá de ombros para as explicações de Dilma.
Além de se opor ao esforço fiscal do governo, Artur Henrique pede o improvável: “Uma redução drástica da taxa de juros.” A poda nos juros, se vier, será miúda.
A despeito da crise que assedia o mundo e rói o PIB brasileiro, a inflação do país ainda roda na casa dos 7%. Muito acima da meta anual de 4,5%.

Nenhum comentário:

Postar um comentário