domingo, 28 de agosto de 2011

Bonde tomba no Rio, mata 5 e fere 57.
Veículo descarrilou em Santa Teresa e continuou andando fora dos trilhos até se chocar com um poste e tombar
Moradores reclamam do estado dos bondes antigos e de falhas nos novos; governo anuncia apuração transparente


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Cinco pessoas morreram e 57 ficaram feridas em um acidente com o bondinho de Santa Teresa, ontem, no Rio.
Dez feridos ficaram em estado grave, segundo Sérgio Simões, comandante-geral do Corpo de Bombeiros.
O veículo, que estava superlotado, tem capacidade para apenas 44 pessoas.
O bonde fazia a linha Paula Matos-Centro e descarrilou por volta das 16h. Continuou andando fora dos trilhos, por cerca de 50 metros, até se chocar com um poste, na esquina da rua Joaquim Murtinho, no largo do Curvelo.
O veículo tombou e ficou completamente destruído.
Um dos mortos é o condutor do bonde, Nelson Correa da Silva, 57. Ele morreu a caminho do hospital. Os outros são: Claudia Lilian Almeida Fernandes, João Batista Soares, Ivone da Silva e Maria Eduarda Nunes.
Os feridos foram encaminhados a três hospitais -Souza Aguiar, do Andaraí e Miguel Couto- e para a Unidade de Pronto Atendimento Tijuca. Havia turistas americanos, franceses e ao menos uma portuguesa entre eles.
Atualmente, cinco bondes fazem a rota da estação da Carioca até os largos de Santa Teresa, no centro do Rio.
São dois bondes antigos e três do tipo VLT (veículo leve sobre trilhos).
O veículo que se acidentou era dos antigos e, de acordo com os bombeiros, já havia sofrido um problema ontem mesmo: pela manhã, chocou-se contra um ônibus, mas sem deixar feridos.
O secretário estadual de Transportes do Rio, Julio Lopes, disse que o governo vai "apurar responsabilidades com toda a transparência".
"Vamos pedir a instituições como o Crea [Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro], para ajudar na apuração do acidente."
Moradores do bairro, porém, criticam o governo.
"Os bondes antigos estão em estado precário de conservação e os VLT têm problemas para fazer as curvas do bairro. Foi uma tragédia anunciada", diz Abaeté Mesquita, diretor da Amast (Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa). O Estado suspendeu a circulação dos bondes por tempo indeterminado.


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