sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Rebelião da base aliada paralisa o Congresso

O Congresso ameaça não votar projetos relevantes até o final do ano. A rebelião é da base governista e a oposição, sempre inerte, assiste a confusão de camarote. O clima é tenso no Senado, mas na Câmara o problema é mais grave. Deputados ameaçam votar apenas matérias que o governo não deseja: a regulamentação da Emenda 29 (Saúde) e a PEC 300, que fixa piso salarial nacional de R$ 3 mil para policiais e bombeiros. Com aliados assim, Dilma não precisa de oposição.
A rebelião da base aliada é provocada pela retenção das “emendas parlamentares”, por ordem de Dilma, embora previstas no Orçamento.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), fez um cronograma de votações que nem ele levou a sério. Maia e Dilma não se bicam.
A situação do governo está tão delicada que é o próprio PMDB, maior partido aliado, quem obstrui a pauta no plenário.
Parlamentar governista acha que vai mal a relação de Dilma com o Congresso: “Ela está mais parecida com Collor do que com Lula...”
O líder do governo no Congresso, deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS), anda apreensivo com o clima de beligerância na base aliada. Exausto, desabafou: “Não consigo conversar com ninguém”.
Manda quem pode. Se a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) não conseguir liberar as emendas parlamentares, como impõem os líderes dos partidos, a pauta será MP - Manda quem Pode ou Medidas Provisórias.

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