Alemanha relembra no próximo sábado - 13 de agosto - o 50º aniversário de construção do Muro de Berlim
Em homenagem àqueles que falharam em atravessar da então Alemanha Oriental para a Ocidental, um minuto de silêncio será realizado no próximo sábado na capital alemã.
Alemães depositam flores no monumento em lembrança às vítimas do Muro em Teltow, cidade próxima a Berlim e ponto no qual pelo menos 20 fugitivos da Alemanha Comunista foram mortos
O Muro foi erguido no dia 13 de agosto de 1961 pelo governo da RDA (Alemanha Comunista) para impedir a fuga de seus cidadãos. Dividiu a cidade de Berlim em dois, durante mais de 28 anos, até a sua queda em 9 de novembro de 1989.
No sábado marca a data de 50 anos de construção do Muro de Berlim, e pouco restou da barreira que dividia as duas Alemanhas. Para os turistas interessados em conhecer o famoso símbolo da Guerra Fria, recentemente um trecho de 800 metros vem sendo restaurado, em Bernauer Strasse, cenário de algumas das fugas mais espetaculares. Parte desse material que está sendo usado foi comprada de colecionadores particulares, por preços superiores a 1.000. No total, Berlim, com ajuda do governo da Alemanha e da União Europeia, está investindo 28 milhões na reconstrução que pretende mostrar às futuras gerações um pedaço de como era o muro.
O muro da vergonha: um muro duplo - com um espaço de 300 metros entre um e outro - de 155 km de comprimento, 43 dos quais cortavam Berlim de norte a sul e os outros 112 separavam Berlim Ocidental do território da RDA. 106 km eram formados por placas de concreto de 3,60 m de altura completadas com um cilindro para tornar impossível a escalada. O restante era de arame farpado. Possuía 302 torres de observação, 127 km de cercas de detecção e de alarme, 259 pistas para cães farejadores, 105 km de fossas anticarros, enquanto sete regimentos de 1.000 a 1.200 soldados se encarregavam da vigilância.
A noite de 9 de novembro de 1989 pôs fim a um longo êxodo de alemães orientais [comunista], que se valendo os métodos mais diversificados, simples ou sofisticados, se lançaram durante 28 anos à aventura de atravessar o muro por cima ou por baixo: 239 pessoas morreram nessa tentativa e 4.000 conseguiram chegar ao lado ocidental [democrático].
A queda do muro de Berlim começou com a política de liberalização e reestruturação - glasnost e perestroika - lançada pelo então secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética, Mikhail Gorbachov.
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