quinta-feira, 21 de julho de 2011


Reinaldo Azevedo

Tarso Genro ressuscita, na prática, a tese de que crimes cometidos por petistas são virtudes.
Ou o Brasil acaba com o PT, ou o PT acaba com o Brasil!

Sempre, leitor, mas sempre mesmo!, que você julgar que ainda não se atingiu o paroxismo do absurdo, que uma avaliação amoral ainda não ultrapassou o limite do asqueroso, do detestável, do nefando, então é o caso de saber o que pensa Tarso Genro, ex-ministro da Justiça e agora governador do Rio Grande do Sul. Se não se lembra, estou a falar da supernanny do homicida Cesare Battisti.
Quem saiu hoje em defesa de Hilderado Caron, o petista do Dnit, tão responsável pela bandalheira que vigora naquele órgão como qualquer amigo de Valdemar Costa Neto? Tarso Genro, é claro! Caron é do PT do Rio Grande do Sul, amigo do governador. E, curiosamente, ainda não foi demitido!
Prestem atenção ao que vai.
“Eu conheço ele (Caron) há 30 anos e duvido que tenha cometido alguma ilegalidade por motivo doloso ou por interesse próprio”, afirmou o governador.
Se Caron cometeu alguma ilegalidade, foi por motivo apenas, digamos, culposo, sem intenção. Então, entende-se, o homem deve ser perdoado. Mas não só por isso: Tarso assegura que, se isso aconteceu, não foi “por interesse próprio”.
É o PT falando. O crime em nome do partido se justifica, como sabemos; o crime em nome da causa é aceitável; o crime em nome de um projeto de poder é, no fundo, um ato revolucionário. Tarso está dizendo, em suma, que um malfeitor do PT não deve ser misturado a malfeitores de outras legendas porque são pessoas de naturezas distintas. Um tem o direito natural de ser criminoso; os outros não.
Notem que sobra censura até para a presidente Dilma Rousseff. Tarso desconfia das denúncias; ignora que a própria presidente chamou Alfredo Nascimento e a cúpula dos Transportes e lhes passou uma descompostura, inconformada com a estupidamente cara ineficiência da pasta.
O ex-ministro da Justiça também atesta a sua competência, não é? Segundo diz, a Polícia Federal, subordinada ao ministério de que ele era o titular, não havia “detectado nada”. Pois é… A própria Dilma “detectou”, mas a Polícia Federal de Tarso não viu problema nenhum… Por que a polícia não agiu, nesse caso, com os mesmos métodos empregados contra o cleptogoverno de Arruda? Esbocei uma hipótese: aos amigos tudo, menos a lei; aos inimigos, nada, nem a lei. Tarso demonstra que o meu pior juízo a respeito do PT e dos petistas é mesmo o melhor. Ou o Brasil acaba com o PT, ou o PT acaba com o Brasil.

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