Pagot afirmou, ainda, que não irá cumprir a "quarentena" imposta a servidores públicos porque tem que pagar suas contas.
Ele foi exonerado na última segunda-feira(25) após acusações de que recebia propina de empreiteiros.
O decreto nº 4.187/2002 prevê que ocupantes de cargos chamados de DAS-6, entre outros, ficam impedidos de exercer atividades ou de prestar qualquer serviço no setor de sua atuação por um período de quatro meses, contados da exoneração.
Quem descumprir a norma pode sofrer uma advertência, o que pode prejudicar seu retorno ao serviço público. O Dnit disse que não comentaria o assunto.
"Isso [fazer quarentena] não tem nada a ver, até porque não tem nada decidido no governo. Se você olhar o que está aprovado para o PAC de 2011/2014 é a mesmice da hidrovia do Tietê-Paraná e tem alguma coisa do Madeira-Amazonas, não tem nenhum projeto ousado, nada novo", afirmou Pagot.
Ele negou que tenha dado consultoria para empresas enquanto estava no governo, embora tenha afirmado que na segunda-feira(25) - mesmo dia em que entregou o cargo - já negociava um emprego no setor privado. Ele diz que foi procurado por grupos de Mato Grosso e do Rio Grande do Sul.
Sobre sua saída do Dnit, Pagot disse que "desmanchou nichos" que estavam "enclausurados" no órgão e que as pessoas atingidas trabalharam para que ele saísse do cargo. "Obviamente preferiam que continuasse o nicho", disse.
Pagot disse que não identificaria esse grupo, que definiu como apartidário, e recomendou à imprensa que acompanhe mais de perto os órgãos formuladores de políticas para o setor de transportes, numa referência ao Ministério dos Transportes.
Ele também se negou a fazer comentários sobre o atual ministro da pasta, Paulo Sérgio Passos, por "questões de foro íntimo".
Passos assumiu o cargo após a saída do ex-ministro Alfredo Nascimento, no início de julho.
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