sexta-feira, 22 de julho de 2011

Na cidade de São Paulo os negociante$ do PR ‘foram à feira’

O Ministério Público Federal determinou que seja aberto um inquérito pela Polícia Federal, para apurar o conteúdo de uma carta enviada pelo vereador Agnaldo Timóteo (PR-SP) para um [ex-]amigo, na qual ele fala sobre cobrança de propina por parte de membros de seu partido. O MPF determinou que o vereador seja ouvido o quanto antes. Na carta, Timóteo chama colegas de legenda de “oportunistas” e cita Valdemar Costa Neto (PR-SP).

Chama-se Geraldo de Souza Amorim o destinatário da carta de Timóteo.
A filha dele estava empregada no gabinete do remetente.
Súbito, Timóteo demitiu a filha de Geraldo, acomodando outra pessoa na vaga. Ganhou um ex-amigo. Na carta, o vereador tenta explicar-se.
Timóteo realça no texto que Geraldo sempre recebera dele tratamento diferente do dispensado por outras pessoas do PR:
"Você se lembra, Geraldo, que os oportunistas do meu partido te exigiram R$ 300.000,00 mensais? E eu pergunto: te pedi alguma coisa para levá-lo ao nosso ministro? Pedi alguma coisa para levá-lo à mesa do prefeito Kassab?".
O “ministro” mencionado por Timóteo é o senador Alfredo Nascimento, que recentemente saiu da pasta dos Transportes.
Na audiência intermediada por Timóteo, Geraldo obteve autorização para instalar uma feira num terreno da antiga Rede Ferroviária Federal.
Da “mesa do prefeito [Gilberto] Kassab”, arrancou-se o assentimento para a abertura da “Feira da Madrugada”, no centro de São Paulo.
Os “R$ 300 mil mensais”, insinua Timóteo na carta, referiam-se à propina exigida pelos “oportunistas” do PR.
No rodapé da carta, Timóteo menciona um nome que emerge de 110% dos negócios conduzidos pelo Partido da República.
"Os maus conselheiros te levaram a peitar o Waldemar [sic] e, lamentavelmente, te ajudaram a perder sua galinha com ovos de ouro. Que pena!"
A despeito da grafia errada, o “Waldemar” citado por Timóteo, informaram feirantes ouvidos pela reportagem, é o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP).
Apurou-se que, depois que Geraldo perdeu sua “galinha com ovos de ouro”, o grão-pêérre Valdemar passou a negociar com os novos mandachuvas da feira.
Procurado, Valdemar negou a cobrança de propina.

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