Vida que segue
Enquanto a Noruega tenta entender o que levou Anders Behring Breivik a matar 77 pessoas, nas ruas de Oslo a população tenta retomar a vida normal mesmo que as marcas da violência e do luto pelas vítimas ainda sejam visíveis por toda a capital norueguesa. Na região próxima ao Slottsparken, um parque no centro de Oslo onde fica o Palácio Real, os bares e as boates voltaram a encher e as pessoas aos poucos recuperam a sensação de segurança que fizeram da Noruega e dos demais países nórdicos quase um mundo à parte. Jovens nas portas dos bares, bebendo e conversando pelas ruas na madrugada, são o sinal de que Oslo começa a se reerguer da tragédia.
- Se não fizermos isso, se não sairmos de casa, aí é que ele (Anders) terá vencido. Ele teria conseguido o seu objetivo que é nos aterrorizar - afirma a assistente social Cara Verdeler, de 19 anos.
Cara conta que, na semana passada, Oslo parecia uma cidade fantasma. Bares e restaurantes estavam fechados, e as ruas, desertas - o choque pela violência ainda era muito grande e no início todos estavam muito assustados. Mas, aos poucos, o movimento começa a voltar ao normal, relata ela.
- Víamos policiais armados (na Noruega a polícia não anda normalmente armada) checando tudo. No aeroporto também. Você não acredita que isso aconteceu na Noruega e no início fiquei assustada - disse a jovem, que perdeu uma amiga de 17 anos assassinada na ilha de Utoeya.
Com pouco mais de 600 mil habitantes, não é difícil encontrar em Oslo alguém que conhecia algumas das vítimas da tragédia.
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