Polícia Federal prende secretário-executivo do Ministério do Turismo e mais 37
A Polícia Federal prendeu o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Costa, e o ex-secretário-executivo da pasta, Mário Moyses, na operação Voucher, que investiga desvios relacionados a convênios de capacitação profissional no Amapá. Ao todo, 38 pessoas foram presas. Costa foi nomeado em janeiro pelo ministro Pedro Novais (PMDB), e Moysés dirigiu a Embratur até o meio deste ano. Moyses é ligado ao PT e assessorou a ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy. Colbert foi indicado pelo ex-deputado Geddel Vieira Lima. Na ação, com cerca de 200 policiais federais, divididos em São Paulo, Brasília e Macapá, a Polícia Federal cumpriu 19 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de prisão temporária. A operação investiga o desvio de recursos públicos destinados ao Ministério do Turismo por meio de emendas parlamentares. Além dos presos, estão envolvidos também funcionários do Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável), foco da fraude, e empresários. Em São Paulo, foram presas 13 pessoas, oito em prisão preventiva e cinco temporária. Entre os detidos em São Paulo, está o secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho. Os detidos serão levados para o Amapá. Segundo a Polícia Federal, as pessoas envolvidas no esquema criminoso poderão ser indiciadas, de acordo com as devidas participações, pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e fraudes em licitação. As penas para tais crimes podem chegar a doze anos de reclusão.
Vídeo: PF prende o número 2 na hierarquia do Ministério do Turismo
ONG recebeu R$ 15,9 milhões do Ministério do Turismo
A Polícia Federal revelou que a ONG que teria desviado recursos do Ministério do Turismo é o Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável). A ONG, com sede em São Paulo, recebeu emenda da deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP) para treinamento em turismo no ano de 2009 no valor de R$ 4 milhões. De acordo com a Polícia Federal, houve "direcionamento das contratações às empresas pertencentes ao esquema de corrupção; ausência de preços de referência e de critérios de aceitabilidade de preços; inexecução ou execução parcial do objeto pactuado no convênio; pagamento antecipado de serviços; fraude nos documentos comprobatórios de despesas; contrapartida não executada ou executada irregularmente pelo Instituto sem fins lucrativos". Entre 2009 e 2011, esta ONG prestou outros serviços para o Ministério do Turismo que somam R$ 15,9 milhões. A ONG se apresenta com tendo quatro dirigentes: Luiz Gustavo Machado, Maria Helena Necchi, Sandro Saad e Jorge Fukuda. Luiz Gustavo foi assessor da presidência da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) entre 1999 e 2002. Maria Helena trabalhou no mesmo período na Secretaria de Assistência Social do Estado de São Paulo. Fukuda foi assessor jurídico na SPTrans na década de 90.
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