Pesquisa descobre processo que amplifica defesa do organismo
Os linfócitos T citotóxicos são importantes leucócitos que atacam células que se tornam anormais, geralmente tumorais. A presente foto de MEV aumentada 20.000 vezes mostra um linfócito T citotóxico (amarelo) atacando célula tumoral (vermelho).
Uma equipe do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha descobriu um processo molecular no qual os glóbulos brancos amplificam a resposta imunológica. O estudo revelou que os linfócitos T, encarregados de reconhecer moléculas que fazem parte de um patogênico (antígenos) e que também ativam o sistema imunológico, são capazes de "devorar" estas moléculas e expô-las a outros linfócitos. O CSIC afirmou em comunicado que este estudo, publicado na revista "Immunity", poderia servir de base no futuro para utilizar os linfócitos T como uma vacina viva. Até agora era conhecida a capacidade dos linfócitos T para reconhecer moléculas expressadas por células infectadas com vírus ou células que apanharam outro tipo de micróbios. Porém, segundo o CSIC, estes linfócitos T ativam uma resposta seletiva em direção a estes micróbios para que o sistema imunológico adquira memória e seja capaz de combater, de forma mais eficaz, uma segunda infecção com o mesmo patogênico. "Os linfócitos T também têm capacidade fagocitária, ou seja, são capazes de devorar um antígeno. Além disso, o expõem em sua própria membrana para que outros linfócitos T o reconheçam. São, portanto, executores e, ao mesmo tempo, desencadeiam a resposta imunológica", declarou o pesquisador do CSIC, Balbino Alarcón. Os cientistas se deram conta deste processo ao estudar a função da proteína TC21M, que, segundo eles, mostrou ser "fundamental" na fagocitose dos linfócitos T.
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