quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Para economistas, maior investimento de fora pode indicar evasão.

O aumento na entrada de IED (investimento estrangeiro direto) contabilizado pelo Banco Central pode indicar que bancos e empresas estão registrando como investimento dinheiro que na verdade é usado para aplicações de curto prazo, disseram especialistas reunidos em seminário sobre regulação financeira, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro. "É a chamada arbitragem regulatória", disse Marcos Cintra, diretor de Estudos Internacionais do Ipea (Instituto de Política Econômica Aplicada), usando um eufemismo do mercado para evasão. Ele se referia à possibilidade de que o expediente esteja sendo utilizado para burlar o aumento para 6% da alíquota sobre o IOF cobrado dos empréstimos de até dois anos tomados no Exterior. A medida, uma das destinadas a conter a valorização do real frente ao dólar, foi anunciada no início de abril. Em julho, segundo o Banco Central, o saldo de entrada de IED no Brasil foi de US$ 5,97 bilhões, o maior para o mês desde 1947. O total dos investimentos diretos nos primeiros setes meses de 2011, US$ 38,5 bilhões, já representa 70% do esperado para todo o ano.

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