Leblon é o bairro mais valorizado do país:
o metro quadrado vale quase o dobro do bairro mais caro de São Paulo
O Rio de Janeiro é a cidade brasileira com o metro quadrado de construção mais valorizado do país.
Os cinco bairros com imóveis mais valorizados do país estão todos no Rio, e o campeoníssimo é o Leblon, onde o metro quadrado de um imóvel custa, em média, 15.661 reais, ficando à frente de Ipanema, cujo custo é 14.320 reais. Seguem-se a Lagoa (12.541), a Gávea (11.058) e o Jardim Botânico (10.355).
Os dados foram obtidos em levantamento conjunto realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP e pela Zap Imóveis, empresa de propriedade dos grupos dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, a partir de imóveis anunciados.
O quinto bairro mais valorizado do Rio, o Jardim Botânico, com o metro quadrado a 10.355 reais, está bem à frente do mais caro de São Paulo, o conjunto Ibirapuera-Vila Nova Conceição, cujo metro atinge em média 8.437 reais. Se comparado com o Leblon, o bairro mais caro de São Paulo mal passa da metade do valor.
Muitos paulistanos provavelmente ficarão surpresos com a informação, já que a Vila Nova Conceição, antigo bairro de chacareiros que o crescimento da metrópole tornou extraordinariamente bem localizado e rodeado de áreas verdes, é um reduto residencial de banqueiros e milionários de outras áreas da economia. Ali começou e se expandiu a Daslu, a butique mais cara do país, e por suas ruas circula uma frota de carros de luxo onde não é raro detectar Ferraris, Maseratis e Rolls-Royces. De todo modo, o bairro passou o Jardim Paulistano (8.282 reais) como o mais valorizado da capital paulista.
O levantamento revela dados globais importantes: o valor médio do metro quadrado dos apartamentos subiu 17% em seis capitais brasileiras pesquisadas e no Distrito Federal. Também aí o Rio está na frente, com um aumento médio de 23% no preço do metro quadrado, que atingiu 6.745 no mês passado. O mesmo valor médio subiu menos – 17% — em São Paulo em idêntico período, chegando a 5.571 reais.
O aumento de oferta de crédito é considerado responsável pelo estouro: desde janeiro de 2008, os preços mais que dobraram nas duas maiores capitais: no Rio, dispararam 132%, e em São Paulo, 106%.
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