Friboi fecha 3 unidades e demite 1.025 trabalhadores
O grupo JBS-Friboi, um dos maiores produtores de carne do mundo, fechou três curtumes – dois em São Paulo, um no Mato Grosso do Sul.
A empresa também reduziu o tamanho de um frigorífico sul-mato-grossense. Nos quatro lances, foram ao olho da rua 1.025 trabalhadores.
A responsabilidade pelas demissões foi transferida para o governo. O Friboi alega problemas tributários. Quais? Não especifica.
Quanta ingratidão! O mesmo Friboi que alveja o fisco mantém com o governo federal, desde 2009, uma próspera parceria.
O velho e bom BNDES borrifou R$ 3,2 bilhões na caixa registradora do Friboi. Injetou mais R$ 2,5 bilhões no frigorífico Bertin, adquirido pelo Friboi.
Quando a empresa estendeu os seus negócios aos EUA, emitiu R$ 3,4 bilhões em debêntures. O BNDES comprou 99,9% do papelório.
Quer dizer: o Estado não é responsável pelas demissões, mas sócio do infortúnio dos 1.025 brasileiros que perderam o contracheque que lhes permitia encher a geladeira.
No mês passado, o empresário José Batista Jr., conhecido como Júnior do Friboi, filiou-se a um partido político. Planeja disputar o governo de Goiás em 2014.
Júnior sentou praça, veja você, no PSB, o partido "socialista" do governador pernambucano Eduardo Campos.
Ou seja: no mundo da política, Júnior do Friboi é um neosocialista. No universo empresarial, é um capitalista à brasileira.
Com uma mão apanha verbas públicas. Com a outra, socializa os prejuízos.
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