Análise - A passagem de Jorge Gerdau pelos governos do PT terminou de modo melancólico, como se nunca tivesse existido.
Políbio Braga |
Neste início de mandato da presidente Dilma Roussef, o industrial Jorge
Gerdau nem parece mais o mesmo homem que na cerimônia de posse do
primeiro mandato de Lula costeou o alambrado do Palácio do Planalto para
implorar por um pouco de atenção e festejar a nova aurora do Brasil.
É que ele não esteve no Congresso, não foi à recepção no Planalto e
sequer esteve entre os convidados mais vistosos da cerimônia de posse do
novo ministro da Fazenda.
O desprestígio de Jorge Gerdau no governo federal é visível e decorre
muito mais da parte podre das companhias que escolheu dentro do PT.
Nos últimos meses, o presidente do Conselho de Administração do grupo
Gerdau perdeu o cargo que tinha como conselheiro da Petrobrás, condição
que o coloca como testemunha voluntária ou involuntária das malfeitorias
levadas a efeito pela organização criminosa em que se transformou a
estatal, bem sob seus atentos olhos e bem azeitados ouvidos. O resultado
é que Gerdau é citado numa das ações já intentadas contra a Petrobrás, a
de Providence, EUA.
Pior ainda foi o modo melancólico como deixou a presidência da Câmara de
Políticas de Gestão, Desempenho e Produtividade, instalada com pompa e
circunstância por Dilma, que contava ter ali algo semelhante aos
sucessos que Jorge Gerdau conseguiu nos governos estaduais e municipais
que aderiram aos princípios do Movimento Brasil Competitivo, iniciado em
Porto Alegre com o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade.
A Câmara não sobreviveu a Gerdau, desmanchando-se no ar como se nunca tivesse existido.
Só o dr. Jorge não sabia que gestão, desempenho e produtividade são
palavrões no âmbito das reduzidas opções linguísticas usadas pela
cartilha petista.
A passagem do líder industrial gaúcho pelos governos Lula e Dilma foi melancólica e terminou de modo patético.
Isto tudo serve de lição para os empresários que conciliam com os
interesses dos delinquentes políticos que querem destruí-los, como já se
viu antes em Cuba, na Rússia e na Venezuela, apenas para citar três
exemplos mais recentes.
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