quarta-feira, 21 de janeiro de 2015


Indonésia nega pedido de clemência a outro 
brasileiro condenado à morte

Rodrigo  Muxfeldt  Gularte

O Ministério das Relações Exteriores confirmou na terça-feira (20.jan.2015) que o pedido de clemência que havia sido feito em nome do brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte foi negado pelo governo da Indonésia. O brasileiro foi detido em 2004 e condenado por tráfico de drogas a pena de morte. No último fim de semana, outro brasileiro, Marco Archer, foi executado pelo mesmo crime.
O Itamaraty esclareceu que continuará acompanhando o caso de Gularte até esgotar todas as alternativas para tentar livrar o brasileiro da morte.

Surfista brasileiro condenado na Indonésia chegou a vender drogas em restaurante
Preso por tráfico de drogas na Indonésia em 2004 e condenado à morte em 2005, o surfista brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 43 anos, é natural de Foz do Iguaçu (PR), mas passou a maior parte da vida em Curitiba, onde morava com a mãe, Clarisse Muxfeldt Gularte.
Antes da prisão, viveu por cinco anos em Florianópolis, onde hoje mora Jimmy Haniel Pereira Gularte, de 21 anos, filho de Goularte com Maria do Rocio Pereira.
Em 2005, em entrevista à revista “Veja”, Clarisse disse que o filho começou a usar drogas quando tinha 15 anos. Na ocasião, ela contou que Gularte chegou a ser internado em uma clínica para dependentes químicos. Admitiu também que o filho chegou a ter um restaurante em Florianópolis que servia como ponto de venda de entorpecentes.
De acordo com o advogado Cleverson Marinho Teixeira, amigo da família, Gularte já tinha estado outras vezes no país asiático para surfar, e pretendia, na viagem em que foi preso, fazer contatos com a intenção de exportar produtos para o Brasil. Gularte foi preso ao tentar entrar com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe.
— Dessa última vez, ele se despediu da Clarisse de forma temerosa, como se tivesse prevendo algo. Clarisse até estranhou. Daí, ele foi preso junto com outros dois colegas no aeroporto, e assumiu sozinho a propriedade da droga — disse Teixeira.
Amigo de Rodrigo desde a adolescência, Bernardo Guiss Filho condena a sentença de execução, apesar do erro do amigo.
— Nós estamos em 2014 e parecemos voltar à Idade Média. Ele errou, assumiu o erro e tem de ser punido, mas não dessa forma sombria — disse Guiss.

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