sábado, 28 de julho de 2012
Revista The Economist diz que julgamento do Mensalão do PT significa avanço contra "cultura da impunidade" no Brasil
A revista britânica "The Economist "diz, em sua edição desta semana, que o julgamento do escândalo do Mensalão do PT é um sinal de que o Brasil está fazendo avanços na luta contra sua "cultura de impunidade dos poderosos". O Supremo Tribunal Federal começará a julgar o caso no dia 2 de agosto. "Que o caso do 'Mensalão' tenha pelo menos chegado ao tribunal é um progresso: a prisão de políticos corruptos (no Brasil) pode ainda ser improvável, mas não é mais impensável", afirma a Economist. Citando o retorno de Fernando Collor ao Senado após o impeachment de 1992 e a eleição de Paulo Maluf para o Congresso, a matéria, intitulada "Justiça Atrasada", ressalta que uma má reputação nunca foi impedimento para que políticos desonestos continuassem a avançar em sua carreira política no Brasil. Ela menciona que é preciso o aval do Congresso para investigar parlamentares e ministros e que só o Supremo pode julgá-los. Também defende que reformas "ambiciosas" são necessárias para que o Brasil possa lidar com a questão da impunidade em um futuro próximo, mas sublinha avanços recentes na área. Segundo a Economist "uma maior transparência sobre os gastos públicos" está dificultando o roubo de recursos do tesouro" no Brasil. A matéria diz que agora "órgãos reguladores fortes" podem suspender projetos aprovados pelo governo, se eles suspeitarem que os orçamentos foram inflados, mas faz a ressalva de que o esquema pode ser driblado em situações classificadas como urgentes, "como a construção de estádios para a Copa de 2014". Outra mudança mencionada pela The Economist é a entrada em vigência da Lei de Acesso à Informação, que amplia a transparência nos gastos públicos.
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