Pagamento das dívidas por meio de Marcos Valério "deu errado", diz Delúbio Soares.
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Delúbio Soares |
O ex-tesoureiro nacional do PT, Delúbio Soares, disse que a engenharia financeira montada por ele para quitar as dívidas de partidos da base aliada "deu errado, deu essa confusão toda", mas negou que o partido tenha corrompido parlamentares. Segundo o ex-tesoureiro, o diretório nacional do PT o autorizou, em reunião, a captar recursos "junto à rede bancária" para quitar dívidas eleitorais contraídas durante a campanha eleitoral de 2002. Como "o partido não tinha lastro financeiro" para contrair empréstimos bancários no valor de R$ 60 milhões, disse Delúbio Soares, ele recorreu às empresas do publicitário Marcos Valério de Souza, que captaram o dinheiro nos bancos e o repassaram ao ex-tesoureiro. Delúbio Soares falou por cerca de 20 minutos durante um ato de apoio a ele convocado pela Juventude do PT do Distrito Federal, que reuniu cerca de cem pessoas na sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores) do Distrito Federal. Delúbio reconheceu os saques em dinheiro, os pagamentos a partidos e parlamentares e o repasse, ao PT, de recursos captados por Valério, mas disse que a operação se destinou a quitar dívidas contraídas por um caixa dois eleitoral. "O que houve foi pagamento de dívidas eleitorais que as direções regionais e os partidos aliados trouxeram ao diretório nacional e que o Partido dos Trabalhadores, durante uma reunião, pediu uma solução. Deu errado, deu essa confusão toda. E estamos pagando um preço", disse Delúbio Soares. O ex-tesoureiro foi saudado aos brados de "Delúbio guerreiro do povo brasileiro" por uma platéia formada por sindicalistas, militantes e funcionários públicos do governo do Distrito Federal. Estavam na plateia o presidente do BRB (Banco Regional de Brasília), Jacques Pena, o secretário de Administração Pública do Governo do Distrito Federal, Vilmar Lacerda, o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) e o presidente do diretório regional do PT-DF, Roberto Policarpo.
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