terça-feira, 19 de outubro de 2010
Idosos morrem à espera de vaga em UTI
Em São João de Meriti, homem morreu após dois dias de espera em UPA.
Central de Regulação diz que para urgência não é preciso solicitar vagas.
O Rio de Janeiro registrou mais duas mortes de idosos que esperavam por vaga em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). No domingo (17), em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, a aposentada Magda Lúcia dos Santos, de 61 anos, morreu depois de cinco dias à espera de uma vaga em algum Centro de Tratamento Intensivo (CTI) no estado.
Ela sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) no dia 11 de outubro, quando foi levada ao Posto de Saúde da Vila São João, onde foi internada.
Desde o começo, os médicos avisaram que Magda teria que ser transferida para um CTI. A família conseguiu até uma ordem da Justiça determinando a transferência imediata. A decisão não foi cumprida. A família, então, registrou uma queixa por desobediência na polícia. Não adiantou. Magda faleceu no mesmo posto onde deu entrada.
A segunda morte foi de Edio Cavalheiro, de 79 anos, que estava internado desde sábado (16) em outra Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São João de Meriti. Ele morreu na madrugada desta segunda-feira (18), sem conseguir a transferência.
Segundo o superintendente da Central de Regulação de Leitos do estado, Carlos Alberto Chaves, há um protocolo a se seguir em casos de urgência:
“A primeira coisa a se fazer em pacientes de gravidade, crítico, é levar para uma unidade de referência. Não liga para a Central em hipótese nenhuma, porque só vai ligar para a Central quando for estadeado no protocolo, e avisar à Central, e o especialista avisar ‘precisamos de uma CTI’. Não é um problema de vaga. Vaga é uma coisa. Vaga é para internar. A vaga para atender, ninguém pode voltar um doente sem ser atendido. Mesma coisa chegar uma ambulância da SAMU, com paciente com politrauma é o mesmo procedimento, é igualzinho".
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