sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016


Estado Islâmico ameaça donos do Facebook e do Twitter






Num vídeo de propaganda intitulado "Chamas dos Apoiantes", Mark Zuckerberg e Jack Dorsey são alvo de ameaças por parte de um grupo de hackers com ligações aos jihadistas.
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e o presidente executivo do Twitter, Jack Dorsey, foram ameaçados num vídeo de propaganda publicado por hackers com ligações ao autodesignado Estado Islâmico (EI). No vídeo de 25 minutos a imagem de ambos é trespassada por balas e envolta em chamas.
O vídeo foi descoberto por analistas da Vocativ na “deep web" — parte da internet a que não é possível aceder através dos meios de busca padrão — e surge na sequência da tentativa do Facebook e do Twitter de acabarem com atividades terroristas nas suas plataformas. Zuckerberg e Dorsey estiveram entre os presentes numa reunião secreta, realizada em Janeiro, com responsáveis da Casa Branca e com os diretores do FBI e da NSA, onde foram discutidas estratégias para enfrentar o terrorismo online.
No vídeo intitulado “Chamas dos Apoiantes” publicado por um grupo que se autodenomina “exército dos filhos do califado”, o grupo de hackers afirmou que controla mais de 10 mil contas e 150 grupos no Facebook, e mais de 5000 contas no Twitter. “Se fecham uma conta, tomaremos dez em resposta e brevemente os vossos nomes e sites serão apagados e, se Deus quiser, saberão que o que estamos a dizer é verdade”, lê-se durante o vídeo.
Um porta-voz do Twitter afirmou ao jornal britânico The Guardian que a empresa não vai emitir nenhuma resposta, tendo em conta que estas ameaças já são comuns. “Isto está sempre a acontecer. Bem-vindos ao nosso dia a dia”.
O Twitter tem de lidar com o fato de ser um dos meios privilegiados de propaganda para o autodesignado EI. A empresa fechou cerca de 125 mil contas relacionadas com o grupo jihadista. Também o Facebook procura uma resposta para enfrentar a ameaça da propaganda online na sua rede. A diretora de operações da empresa, Sheryl Sandberg, sugeriu que a rede social poderia enfrentar o autodesignado EI através de uma campanha de likes. 
O Estado Islâmico é conhecido por utilizar frequentemente as redes sociais para atrair e radicalizar novos membros, assim como divulgar os seus vídeos de propaganda.




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