domingo, 11 de janeiro de 2015


Imagens de vítimas do ataque ao mercado 
Hyper Cacher são divulgadas
Philip Braham, um dos reféns, roubou uma das armas do terrorista, mas acabou morto por ele

Vítimas do sequestro ao mercado Hyper Casher, em Paris:
Yohan Cohen (esquerda), Yoav Hattab (centro) e Philip Braham (direita)

PARIS - Foram divulgadas as primeiras fotos de três dos quatro reféns mortos no mercado de produtos kosher Hyper Cacher, na sexta-feira (09.jan.2015), em Paris.
As imagens são de Yohan Cohen, de 22 anos, Yoav Hattab, 21, e Philip Braham, na casa dos quarenta anos. As vítimas foram identificadas 24 horas depois do fim do sequestro na mercearia de Porte de Vincennes, em Paris, quando policiais armados invadiram o local e mataram o atirador, Amedy Coulibaly, de 32 anos, que tentava fugir.
François-Michel Saada, que devia ter cerca de sessenta anos, também foi assassinado no ataque, segundo a organização judaica Crif (Conselho de Representantes das Instituições Judaicas da França).

PHILIP BRAHAM
Braham era um professor que vivia com sua mulher, Valerie, e seus três filhos, em uma cidade tranquila chamada L’Hay-les-Roses, ao sul de Paris.
Um vizinho entrevistado pelo jornal “Daily Mail” o descreveu como “um homem bom”.
— Ele sempre dizia “olá”, sempre foi muito educado. Sua família é muito agradável e tranquila. Ele não costumava falar muito, mas era um bom homem — comentou o vizinho. — É uma notícia muito triste.
Braham conseguir roubar uma das armas do sequestrador e tentou atirar nele, mas, ao apertar o gatilho, descobriu que a arma estava emperrada e acabou sendo morto pelo atirador. O episódio foi revelado por um dos sobreviventes que escapou da mercearia quando os policiais a invadiram. Mickael B estava sendo feito de refém na loja, com seu filho de três anos, quando Braham pegou uma arma que estava sobre um balcão e mirou no terrorista. Foi então que ele percebeu que a arma havia sido deixada para trás porque estava com defeito. O professor foi morto pelo terrorista neste momento.

YOHAN COHEN
Cohen era um residente do subúrbio parisiense de Sarcelles, conhecido como a Pequena Jerusalém, por conta de sua enorme população judaica.
O vice-prefeito do bairro onde ele morava, Francois Pupponi, disse que a família do jovem está devastada.
— Ele era um bom garoto. Eu o conhecia de vista. Essa tragédia afeta toda a cidade e a comunidade judaica — comentou Pupponi também ao “Daily Mail”.
No Facebook, amigos descreveram o jovem, que trabalhava no mercado kosher, como um rapaz forte, inteligente e dono de um “coração de ouro”, bem como uma pessoa calma que raramente ficava irritada e que “sempre tinha um sorriso no rosto”.
Uma testemunha, que não identificou Cohen pelo nome, disse à rede francesa “BFM-TV” que uma das vítimas levou um tiro na cabeça depois de tentar lutar com o atirador. Outros depoimentos também caracterizaram Cohen como um refém que tentou confrontar o terrorista.

YOAV HATTAB
Já a imagem do tunisiano Yoav Hattab se tornou pública depois que seu irmão ligou para uma rádio local e, depois, divulgou a fotografia do jovem.
Hattab foi identificado, pela mídia local, como o filho do rabino-chefe da Tunísia. Uma foto em sua página no Facebook mostra-o ao lado de um homem muito parecido com o rabino Haim Bittan, embora a ligação entre os dois ainda não tenha sido confirmada.

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