Fé em Nossa Senhora da Assunção leva cerca de vinte mil pessoas à localidade de Rincão São José em Taquari - RS
- A julgar pelo número de pessoas que estiveram no Rincão no domingo, dia 15, a fé em Nossa Senhora de Assunção continua viva e aumentando.
- Segundo a Organização da Romaria de Assunção, cerca de 20 mil pessoas deixaram suas casas e foram ao Santuário para uma grande manifestação de fé. Inúmeras pessoas vieram de outros municípios para prestigiar e celebrar sua fé.
- A celebração teve inicio às 10 horas, com a missa da paz e bênção da saúde.
- O ponto alto da celebração foi a Romaria, às 13:30 horas, onde os fiéis caminharam da Igreja Nossa Senhora das Graças até o Santuário da Assunção, em um trajeto de 4,5 Km.
No trajeto da romaria, muitas pessoas enfeitaram suas casas com balões e faixas.
Durante todo o percurso era visível a comoção de muitos fiéis.
Pessoas acompanhavam a imagem de pés descalços, com flores ou com crianças vestidas de anjo em sinal de devoção e agradecimento por graças alcançadas.
- Logo após a romaria, às 15 horas, a imagem de Nossa Senhora da Assunção entrou no Santuário da Assunção onde realizaram uma missa campal para encerrar as comemorações do dia.
A missa contou com a presença significativa de fiéis, que ficaram atentos aos sermões.
A missa foi comandada pelo Pe José Inácio Steffen, vigário geral da diocese.
Negrinho do Pastoreio
- A lenda do Negrinho do Pastoreio é muito popular no sul do Brasil. Tem origem cristã. Datada do século 19. Simões Lopes Neto (1865-1916), escritor que fixou o folclore e as tradições do Rio Grande do Sul em sua obra, apresenta um minucioso registro escrito da lenda do Negrinho do Pastoreio, no livro "Lendas do Sul".
Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado.
Num dia de inverno, fazia muito frio e o fazendeiro mandou que um menino negro fosse pastorear cavalos e potros recém-comprados.
No final do tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que faltava um cavalo baio.
Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino que ele ficou sangrando.
Aflito, o menino foi à procura do animal.
Em pouco tempo, achou-o pastando.
Laçou-o, mas a corda se partiu e o cavalo fugiu de novo.
Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e amarrou-o num troco, ao pé de um formigueiro, onde as formigas vieram se alimentar nas feridas do negrinho, devorando-o vivo.
Dias depois, quando o estancieiro foi ver o estado de sua vítima, tomou um susto.
O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos.
O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mão da Santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha.
A história correu a região e muitos acenderam velas e rezaram o Pai-Nosso pela alma do judiado.
A partir de então, o Negrinho passou a percorrer os pampas, pastoreando sua tropa.
Quando qualquer cristão perdia uma coisa e pedia para o Negrinho campear e achá-la. O Negrinho campeava e achava as coisas perdidas e as colocava num lugar em que seus donos pudessem encontrá-las. Mas ele só ajudava aquele que acendesse uma vela a sua madrinha, Nossa Senhora, que o salvou e deu-lhe uma tropilha.
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