domingo, 8 de agosto de 2010




Alimentos e serviços são os vilões do ano

Os alimentos e os serviços devem encerrar 2010 como os vilões da inflação.
Estudo da LCA Consultores mostra que o grupo de alimentos e bebidas pode fechar o ano com alta de 7% - a mesma taxa se espera para os serviços em 2010.
As variações ficariam, portanto, acima da alta geral de preços no ano, prevista em 5,1% pela consultoria. As projeções já consideram as recentes deflações nos alimentos, em julho (-0,76%) e junho (-0,90%), que conduziram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 0,01% no mês passado.
Os serviços também recuaram de 0,41% para 0,34%. Mas é temporário.
A queda do preços dos alimentos nos últimos dois meses não reverteu a alta dos demais meses - influenciada por efeitos sazonais, problemas climáticos no início do ano e pressões de demanda.
Leite, feijão carioca e carnes estão entre os itens que pesaram mais no orçamento das famílias. E, para especialistas, há perspectivas de altas nos próximos meses, até por efeitos de sazonais do segundo semestre.
Já a alta em serviços se sustenta com os ganhos no mercado de trabalho.
- O reajuste de salários acima da inflação, melhorias na distribuição de renda, o salário mínimo e o próprio crescimento econômico ajudam a explicar o encarecimento de serviços - disse Fábio Romão, economista da LCA, para quem a expansão da classe média pressionou a demanda, que, por sua vez, pressiona os preços.
Marcelo Boschi, professor de marketing da ESPM-RJ, lembra a importância crescente dos serviços no PIB. Nos EUA, o setor soma mais de 85% do PIB americano; já no Brasil, 68,5%.
- O consumo crescente da classe C/D, inclusive em academias, salões, bares, restaurantes promove nestes negócios um natural reajuste porque a primeira intenção é manter seu público, ou seja, as classes que já consumiam antes. Surge então uma enorme oportunidade para criar negócios para os novos consumidores, buscando adequar a oferta de serviços.
Apesar das desacelerações recentes dos alimentos, com queda em itens importantes como açúcar (-9,48%), leite (-3,40%), frango (-1,27%) em julho, o grupo não deve sustentar deflações por muito tempo.
Já a refeição fora de casa subiu 0,65% em julho, num ritmo menor do que em junho (0,80%).
Para os próximos meses, os especialistas aguardam novas altas. No relatório do banco Fibra, a previsão é de pressão entre alimentos (como carne e trigo). No serviços, altas por causa de negociações salariais que podem acelerar a inflação do setor.





Os gastos ocultos do Palácio do Planalto

Mais de 98% das despesas com cartão corporativo para atender Lula e família não são detalhadas.
No ano eleitoral, a Presidência da República reforçou a caixa preta que mantém em sigilo os gastos do gabinete presidencial com cartão corporativo.
A regra de contabilização desses gastos foi alterada, e apenas 1,8% das despesas realizadas para atender às demandas do presidente Lula, de sua família e assessores próximos está detalhado no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), com nome e CPF do funcionário que a executou, e a forma de pagamento: saque em dinheiro ou fatura. De um total de R$ 3,259 milhões gastos este ano pelo gabinete até julho, apenas R$ 5,7 mil estão detalhados.
Sobre os outros R$ 3,254 milhões (98,2% do total), o registro no Siafi se limita à forma de pagamento (saque ou fatura), sem informar qualquer outro dado do gasto. No Portal da Transparência do governo, aparece a justificativa: "informações protegidas por sigilo, nos termos da legislação, para garantia da segurança da sociedade e do Estado".
A lei, de fato, permite que gastos relativos à segurança do presidente da República e de sua família sejam mantidos sob sigilo, mas o fato é que, com a mudança na forma de contabilização dessas despesas em 2010, o percentual de gastos considerados sigilosos aumentou substancialmente em relação aos anos anteriores.
De janeiro a julho de 2009, os gastos do gabinete presidencial com cartão corporativo chegaram a R$ 4,684 milhões, mas R$ 2,042 milhões (43,6%) estão detalhados no Siafi com o autor da despesa e a forma de pagamento.
No mesmo período de 2007 e de 2008, praticamente todos os gastos do gabinete de Lula foram registrados no Siafi com as informações do funcionário que executou a despesa, chamado de ecônomo, e a indicação de como foi usado o cartão corporativo para o pagamento das despesas.

Observação do jornalista Claúdio Humberto: Muito comício e viagem dá nisso. A presidência da República vai gastar R$ 36,7 mil em centenas de apetrechos como coldres para pistolas, protetores de ouvido e porta-canivetes para os seguranças do “cara”.




Irã tem novo método de enriquecimento de urânio, diz instituto
Apesar das sanções internacionais recentemente impostas, o Irã começou a usar equipamentos extras, instalados neste ano, para enriquecer urânio de forma mais eficiente, informou nesta sexta-feira uma entidade ocidental.
O Instituto para a Ciência e a Segurança Internacional afirmou em seu site que Teerã passou a usar uma segunda 'cascata' (conjunto) de centrífugas nucleares na usina-piloto de Natanz. A entidade não revelou a fonte de sua informação.
O Irã já vinha enriquecendo urânio e, em fevereiro, anunciou que conseguiria elevar a 20% o grau de pureza do material obtido, suficiente para uso em reatores de pesquisas médicas.
Os Estados Unidos e seus aliados temem que o Irã se encaminhe para enriquecer urânio a mais de 90%, grau necessário para o uso em armas. Teerã nega ter essa intenção.
Analistas dizem que a única 'cascata' que vinha sendo usada no enriquecimento a 20% era ineficiente, porque gerava uma grande quantidade de urânio baixamente enriquecido, junto com o material altamente enriquecido.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU) já havia relatado que o Irã tinha instalado uma segunda 'cascata', mas que não tinha começado ainda a usá-la.
O segundo conjunto de centrífugas permite que o subproduto do primeiro processamento seja reaproveitado, maximizando o trabalho.
Diplomatas ocidentais já disseram no passado que a segunda 'cascata' poderia ser reconfigurada para a produção de urânio altissimamente enriquecido para uso em bombas. A nota do instituto corrobora tal preocupação.
- As atuais ações do Irã, embora superficialmente justificadas por razões civis, principalmente, fazem sentido no contexto de aprender a fazer quantidades significativas de urânio altamente enriquecido de forma suficiente - diz o texto.
O Irã afirma que teve de partir para o enriquecimento a 20% por causa da recusa do Ocidente em aceitar o acordo mediado, em maio, pelo Brasil e pela Turquia para que o país enviasse urânio baixamente enriquecido ao exterior, e, em troca, pudesse receber o combustível para o seu reator de pesquisas médicas.
A proposta foi lançada inicialmente em outubro de 2009, mas, quando foi aceita por Teerã, as potências ocidentais consideraram que já era tarde demais e aprovaram um quarto pacote de sanções da ONU a Teerã.





Funcionários denunciam problemas da Gol: salários abaixo da média, jornada excessiva e falta de benefícios são principais queixas


Dona de 40% do tráfego aéreo doméstico, a Gol está passando por uma de suas piores crises e corre o risco de ver seus funcionários cruzarem os braços no dia 13 de agosto em protesto às condições de trabalho . Depoimentos de funcionários demonstram insatisfação generalizada, do comandante ao atendente do check-in.
Os problemas vieram à tona com os atrasos e cancelamentos de voos em cascata por falta de tripulação. Ainda que não haja uma adesão em massa, uma eventual paralisação poderá causar estragos, pois o quadro da Gol já é muito enxuto. O movimento dos trabalhadores da empresa, que começou silenciosamente pela internet com os copilotos, vem se fortalecendo.
Salários abaixo da média do mercado, jornada excessiva e falta de benefícios, como seguro de saúde e plano de previdência, são as principais queixas. Mas há também quem reclame das condições precárias dos materiais e equipamentos essenciais para execução de tarefas necessárias às atividades diárias nos aeroportos, como cadeiras quebradas, computadores e impressoras ultrapassados.
O assunto greve foi tratado numa reunião em São Paulo com o Sindicato dos Aeronautas com cerca de cem funcionários, segundo o diretor da entidade, Carlos Camacho. Ele disse que as denúncias em função da escala apertada apontam para um quadro preocupante:
- Uma das que me chamou a atenção diz que comandantes e copilotos estão revezando períodos de descanso em voos noturnos e diurnos, pedindo aos comissários que constantemente entrem na cabine de comando para evitar que eles caiam no sono. Isso é muito grave.
Um comandante contou que costuma voar duas madrugadas seguidas, incluindo o tempo parado dentro do avião no solo à espera de nova programação.
- Duas madrugadas seguidas matam qualquer cidadão - disse, acrescentando que toda a tripulação trabalha à exaustão, ainda que recebendo horas extras.
- A gente está trabalhando para a CVC (nos fretamentos) e para a Gol. Tem avião, mas não tem tripulante - disse o comandante, que tem 15 anos de experiência, 8.500 horas de voo e ganha por mês R$ 12 mil, contra a média de mercado de R$ 15 mil.
Um funcionário do check-in que trabalha no aeroporto Tom Jobim (Galeão) contou que sempre extrapola a carga de seis horas por dia em meia hora, 40 minutos. Com remuneração mensal de R$ 1.250 e uma filha pequena, conta que tem que bancar sozinho um plano de saúde:
- A vontade de todo mundo é de parar mesmo, mas muitos têm medo. O clima está muito ruim.
Segundo um despachante técnico, que calcula o peso da aeronave antes da decolagem e o informa ao comandante, os atrasos no embarque na Gol devido à carência de pessoal fazem com que ele tenha um tempo reduzido, de apenas 10 minutos, enquanto o ideal seria de 20 minutos, para realizar o trabalho.
- Trabalho sob pressão e não posso falhar. Se eu informar um peso errado para o piloto, ele pode dar uma carga no motor não correspondente e o avião pode não sair da pista durante a decolagem - disse o despachante, acrescentando que as condições físicas também não são adequadas.
- A estrutura da empresa está ruim. No Galeão, é preciso chegar uma hora mais cedo todo dia para pegar um computador bom e uma cadeira que não esteja quebrada. A impressora é velha e para toda hora.
Ele também se queixa que a empresa tem trocado a folga do domingo (uma a cada mês, segundo a legislação) para um dia da semana. Essa compensação, disse, faz com que não haja vida pessoal.
Os mecânicos de manutenção fazem no mínimo 40 horas extras todo mês - além do permitido -, contou um deles. Ele reclama que trabalha debaixo de sol e chuva e que a empresa se recusa a pagar adicional de periculosidade:
- A escala é apertada. Se alguém adoece, acabou.
Uma comissária reclama que o novo sistema de escala adotado pela empresa retirou informações importantes, como número de horas noturnas voadas e o local de residência do funcionário para permitir, assim, que ele fique mais tempo em casa no fim da jornada.
O vice-presidente de gestão da Gol, Ricardo Khauja, negou que exista uma crise dentro da empresa ou que haja descumprimento das regulamentações sobre jornada de trabalho, como apontado pelos trabalhadores, e risco à segurança nos voos da companhia:
- Não existe caixa preta dentro da companhia. Estamos recebendo os inspetores da Anac (para verificar o cumprimento das normas).
Ele afirmou que, no momento, a companhia não teme a greve e não acenou com propostas num eventual processo de negociação, porque ainda não recebeu uma pauta de reivindicação:
- Não existe crise. A gente teve um grave problema operacional, mas foi pontual.
O executivo destacou também que a Gol já nasceu sem os benefícios dos planos de saúde e previdenciário.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já anunciou que aplicará uma multa de, no mínimo, R$ 2 milhões em razão dos transtornos causados aos passageiros nos últimos dias . Mas, com as reclamações de usuários, o valor da multa pode chegar a R$ 5,5 milhões .




Anac gastou apenas um terço do orçamento previsto para fiscalização em 2010
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) usou até agora apenas um terço do orçamento previsto neste ano para a regulação e fiscalização da aviação civil. Segundo dados da ONG Contas Abertas, a agência desembolsou R$ 11,4 milhões dos R$ 34 milhões destinados a "garantir o funcionamento da aviação civil dentro de padrões internacionais de qualidade e segurança". Em 2009, segundo a ONG, o mesmo aconteceu com as verbas para regulação e fiscalização da aviação. Dos R$ 30,5 milhões previstos, R$ 18,8 milhões foram desembolsados pela Anac, o equivalente a 62% do total. Já em 2008, com orçamento menor, o uso foi de 72% (R$ 14 milhões do total de R$ 19,7 milhões autorizados). Em nota, a Anac disse que aplicou R$ 15,2 milhões em regulação e fiscalização até 4 de agosto. O valor é diferente daquele apresentado pela Contas Abertas (R$ 11,4 milhões) porque a agência considera o montante empenhado (reservado para pagamento) enquanto a ONG considera as despesas que já foram feitas.





FBI afirma que saudita que viveu nos Estados Unidos é novo líder da Al Qaeda

A rede terrorista Al Qaeda tem um novo chefe de operações e, para extra preocupação dos americanos, ele conhece muito bem os Estados Unidos. O saudita Adnan Shukrijumah (na foto), de 35 anos, viveu 15 anos no país antes de se tornar o chefe de operações da Al Qaeda, afirmou o FBI. É a primeira vez que a rede tem um líder que conhece tão bem o solo e os costumes americanos, o que o tornaria mais eficiente em identificar vulnerabilidades na segurança e como causar maior impacto com ataques menores em alvos mais sensíveis. A mãe dele, Zurah Adbu Ahmed, que ainda mora em um subúrbio na Flórida, negou que seu filho seja o novo chefão dos terroristas e alertou que ele é apenas usado como bode expiatório. O agente especial Brian LeBlanc afirmou que o fato dele ter morado no país alvo da guerra santa declarada pela rede terrorista o torna uma ameaça especialmente perigosa. Nascido na Arábia Saudita, Shukrijumah morou em Nova York e depois seguiu para um subúrbio no sul da Flórida, em 1995, quando seu pai, um clérigo muçulmano e missionário treinado na Arábia Saudita, decidiu assumir um posto na mesquita local. Na cidade, ele viveu com cinco parentes e estudou ciência da computação e química. Em algum ponto no fim dos anos 90, segundo o FBI, Shukrijumah ficou convencido de que precisaria participar da guerra santa para combater a perseguição contra os muçulmanos em locais como Tchetchênia e Bósnia. Ele então foi para os acampamentos da Al Qaeda no Afeganistão, onde aprendeu a usar armas automáticas, explosivos, além de táticas de batalha, vigilância e camuflagem. Foi no Afeganistão que ele conheceu outro jovem recruta Jose Padilla, cidadão americano suspeito de planejar um ataque com bomba radioativa. Ele está preso desde 2007 em Miami, por apoio material ao terrorismo. Segundo descobertas nos interrogatórios de Padilla e outros detentos da Al Qaeda, Shukrijumah e Padilla teriam planejado juntos como encher apartamentos com gás natural em vários prédios de apartamentos para detoná-los. A sorte, afirma LeBlanc, é que eles não se davam bem e não conseguiam trabalhar juntos. Shukrijumah e dois outros líderes fariam parte de um "conselho de operações externas" que planeja e aprova atentados terroristas e recruta agentes. Segundo LeBlanc, Shukrijumah foi quem convenceu Najibullah Zazi e Zarein Ahmedzay, detidos por planejar atentados contra o metrô de Nova York, a voltar aos Estados Unidos para realizar o ataque. Ele foi indiciado como conspirador nos planos de ataque, a primeira acusação formal contra um homem procurado até então apenas como testemunha. Ele também é suspeito de participação no planejamento dos ataques a bomba na Noruega e dos planos de atacar os metrôs de Londres. O saudita teria ainda percorrido os Estados Unidos de trem pouco antes dos ataque de 11 de setembro de 2001 e pouco depois visitou o Canal do Panamá, para um plano nunca executado de interromper o comércio no local explodindo um dos barcos. Shukrijumah foi rotulado de "claro e presente perigo" aos Estados Unidos em 2004, pelo então secretário de Justiça, John Ashcroft. Seus colegas de conselho foram mortos por ataques de aviões não tripulados dos Estados Unidos. Sem concorrência, ele assumiu a posição deixada pelo seu ex-chefe e cérebro dos ataques de 11 de Setembro, Khalid Sheikh Mohammed, capturado em 2003. Desde então, afirma o agente do FBI, teria contato direto com Osama bin Laden. "Ele está pensando em como atacar os EUA e outros países ocidentais", disse LeBlanc. O FBI procura por Shukrijumah desde 2003. Ele é considerado o único líder da Al Qaeda que um dia teve visto de permanência nos Estados Unidos.




Fiscais do Ibama interrompem desmatamento no Pará

Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) interromperam um desmatamento que já havia destruído 300 hectares de floresta em Portel, no Pará. Cinco homens trabalhavam na derrubada da mata, que seria substituída por pastagem. Quatro motosserras e duas espingardas de caça foram apreendidas. A área pertence a um fazendeiro que terá de apresentar ao Ibama as licenças para a derrubada da mata. Se não tiver a autorização, ele será multado em R$ 1,5 milhão pelo crime ambiental, além de ter a área embargada para qualquer atividade econômica.





Advogado da iraniana Sakineh foi libertado na Turquia e seguirá para asilo na Noruega

A Anistia Internacional afirmou que Mohammad Mostafaei, advogado de Sakineh Ashtiani, a iraniana condenada a morte por apedrejamento, foi libertado de um centro de detenção na Turquia. O advogado deve viajar para Noruega. Notório defensor dos direitos humanos no Irã, Mostafaei foi obrigado a fugir do país após ter a mulher e o cunhado presos e a prisão decretada pela Justiça iraniana. Em território turco, sem visto, ele foi preso e levado a um centro de detenção para estrangeiros em Istambul. O advogado deu entrada no processo para concessão de asilo perante a Acnur e o governo de Ancara. A Turquia, por lei, não concede asilo permanente a cidadãos não europeus. Mostafaei contou que "a pressão era insuportável" no Irã: "A gota d'água foi pegarem como reféns minha mulher e meu pai. Tenho muito amor pelo Irã e pelo meu trabalho. Posso dizer que já ajudei a salvar a vida de mais de 50 pessoas. Eu quero atuar no Irã, mas, infelizmente, a pressão que sofro é insuportável".




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