sexta-feira, 13 de agosto de 2010


Crítica de Plínio à Globo eletrifica gravação para ‘JN’



Para não dizerem que sonegou suas câmeras aos desprovidos de intenções de voto, a TV Glogo ofereceu a Plínio de Arruda Sampaio uma entrevista de consolação.
Em vez dos 12 minutos de exposição dados a Dilma Rousseff, Marina Silva e José Serra no ‘Jornal Nacional’, três minutos. Conversa gravada, não ao vivo.
O presidenciável do PSOL foi aos estúdios da emissora. Já na pergunta inaugural, uma interrogação acerba:
Por que defende a suspensão do pagamento dos juros da dívida e as ocupações de terra?
Plínio disse que responderia. Mas esclareceu que, antes, faria uma crítica à Globo.
Declarou que, em suas viagens aéreas, sempre foi na “classe econômica”.
Porém, se disse contrariado com a “classe executiva” que a Globo criara para os “candidatos chapa branca”.
Quem testemunhou a cena conta que, ao farejar o cheiro de queimado, os entrevistadores interromperam a gravação.
Sugeriram a Plínio que gravasse de novo, sem a crítica. Em troca, William Bonner esclareceria no ar que ele protestara contra a diferença de tratamento.
Lero vai, lero vem o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) sugeriu a Plínio que levasse ao microfone uma crítica mais amena.
O candidato assentiu. E a gravação foi refeita.
O 'JN' levou ao ar a reclamação Plínio. Seguiu-se uma resposta lida por Bonner. E, só então, a entrevista.



Josias de Souza
Lula nega o inegável e diz que não aparelhou Estado

Num instante em que o debate eleitoral ilumina o flagelo do fisiologismo, Lula veio à boca do palco para dizer, veja você, que não submeteu o Estado aos apetites partidários:
"Aprendemos uma lição. A primeira delas é valorizar o pessoal de carreira e, a segunda, os funcionários".
Curioso. Admita-se que Sua Excelência tenha aprendido o melhor. Nesse caso, é de estranhar que tenha praticado o pior da melhor maneira possível.



Republicanos miram "turismo de parto"
Partido de oposição prega mudança de emenda constitucional que dá a todo nascido nos EUA cidadania americana.
Congressistas dizem que legislação incentiva vinda de grávidas ao país só para poder ter um filho americano.




Protesto de latinos na Califórnia contra xerife que persegue imigrantes ilegais no Estado do Arizona




Líderes republicanos estão propondo modificar a emenda constitucional que garante cidadania a todos os bebês nascidos nos EUA para impedir o que chamam de "turismo de nascimentos" -a vinda de grávidas ao país só para ter filhos americanos.
A proposta de mudar uma emenda da Constituição, o texto mais adorado dos EUA, é mais um sinal da histeria anti-imigração que tomou conta da discussão política americana nos últimos meses, alimentada pela ansiedade econômica do pós-recessão, pela proximidade das eleições parlamentares de novembro e pela polêmica lei de controle de imigrantes ilegais que entrou em vigor no Arizona no mês passado.
Um dos primeiros a propor a modificação da 14ª emenda foi o senador republicano Lindsay Graham (Carolina do Sul), um antigo moderado que passou a ser figurinha frequente na TV reclamando dos "bebês-âncora".
O termo, que suscitou fortes críticas de grupos de defesa de direitos civis, refere-se a filhos de imigrantes que querem forçar um laço (ou "âncora") com os EUA. "Temos pessoas vendendo pacotes de viagem através da fronteira direto para hospitais", disse Graham. "A emenda oferece cidadania de uma forma ruim para o país e estimula a vinda para cá pelos motivos errados."
Segundo ele, até "gente rica do Oriente Médio, da China e da Europa está comprando vistos para resorts com hospitais com o propósito de ter filhos americanos".
A 14ª emenda foi ratificada em 1868, inicialmente pensada para garantir cidadania a escravos libertados. O texto diz que "todas as pessoas nascidas nos EUA são cidadãs dos EUA".
Apesar da grita, não há números confiáveis a respeito do "turismo de nascimentos". Estimativa do centro de pesquisas Pew indica, porém, que atualmente 7% dos menores de 18 anos nos EUA são filhos de imigrantes ilegais.



Brasileira viajou grávida só para filho ser americano
A professora mineira Maria Isabel, 35, tem dois filhos americanos. O primeiro nasceu quando ela vivia no país como imigrante ilegal. Na segunda gravidez, já no Brasil, ela decidiu voltar só para ter o bebê e garantir a ele passaporte dos EUA.
Para ela, que pediu para não ter o sobrenome publicado, a atração dos imigrantes é o preço que os EUA pagam por ser a economia mais importante do mundo.
MUDANÇA
Eu sou do interior de Minas Gerais e moro em Belo Horizonte desde os cinco anos. Em 1994, aos 19, me casei e fui viver com meu marido em Massachusetts (EUA). Fiquei sete anos lá e fiz todos os trabalhos de imigrantes não qualificados: faxina, restaurante, hotel.
FILHOS
Em 1998 tive meu primeiro filho, Bruno. Ele nasceu em Massachusetts e por isso tem cidadania americana. Na época eu não me preocupava com isso, só aconteceu assim porque eu morava nos EUA.
Pouco depois resolvi que queria estudar e voltei com toda a família para Belo Horizonte. O Bruno tinha quase quatro anos.
Após um tempo, engravidei de novo. Aí parei e pensei: tenho esse segundo filho no Brasil ou nos EUA? Achei que não seria justo um nascer lá e o outro não.
Um ia poder viajar pelo mundo com mais tranquilidade, enquanto o outro poderia ter alguma restrição.
A questão financeira pesa. Se não estiver bom aqui no Brasil, eles podem ir para os EUA. A qualidade de vida lá realmente é melhor. Lá temos mais acesso às coisas e aos serviços.
RETORNO
Eu poderia ter tido o bebê no Canadá, que foi por onde entrei nos EUA dessa segunda vez. Mas preferi voltar para o mesmo lugar e ter meu filho com o mesmo médico.
Assim, em 2002, com cinco meses de gravidez, voltei a Massachusetts. Tive o Lucas e só esperei ele completar três meses para poder viajar de avião e retornei ao Brasil.
Agora os dois têm passaportes americano e brasileiro.



Iniciativa da oposição tem poucas chances de dar certo
Hélio Schwartsman

É remota a chance de republicanos conseguirem alterar as regras de concessão de cidadania. A primeira dificuldade é de ordem legal. Para valer, uma emenda constitucional precisa ser aprovada por maioria de 2/3 em cada Casa do Congresso e ratificada por 3/4 dos Estados.
Desde que a Constituição foi adotada, em 1787, só 27 emendas foram incorporadas ao texto, sendo que as dez primeiras -a Declaração de Direitos- foram aprovadas coletivamente em 1791.
A parcimônia não se deve à falta de iniciativa. De 1787 para cá, mais de 10 mil emendas foram propostas. O último acréscimo, ratificado em 1992, foi proposto em 1789 -dois séculos de tramitação.
Politicamente, as perspectivas não são melhores. Republicanos cujas bases são esmagadoramente brancas até podem ganhar pontos com a proposta, mas, quanto mais se sobe na hierarquia do partido, menor a simpatia a ela. Para chegar à Casa Branca, republicanos dependem do Texas e da Flórida, Estados onde os hispânicos são cada vez mais influentes.
Mais etéreo, mas não menos importante é o fato de que restringir a cidadania contraria o espírito que presidiu à criação dos EUA.
O "jus soli", o princípio pelo qual a nacionalidade é dada a um indivíduo segundo seu lugar de nascimento, contrapõe-se ao "jus sanguinis", pelo qual ela é atribuída em virtude da ascendência.
Para quem adota o "jus sanguinis", o que define uma nação é o passado comum, traduzido em categorias como sangue e raça. Já o "jus soli" pressupõe a ideia de que é a vontade dos indivíduos de construir um futuro juntos que forja a nação.



TV iraniana acusa EUA de usar Sakineh em complô
Jornal exibe rara reportagem do caso e acusa mídia de difundir mentiras
Emissora ligada ao líder supremo acusa "Israel e EUA" de usar a sentença para pressionar soltura de supostos espiões

O noticiário da TV iraniana rompeu o silêncio ontem e exibiu uma reportagem sobre Sakineh Ashtiani, a iraniana condenada a morrer apedrejada por adultério.
O jornal "20:30", do Seda Va Sima, caiu na internet poucas horas após ir ao ar. Ele acusa a mídia internacional de ser "ferramenta política" para "Israel e os EUA" pressionarem pela libertação de três cidadãos americanos presos no Irã há um ano sob acusação de espionagem.
"Mas qual é a razão da propaganda internacional sobre o caso? Será que Israel e os EUA, incluindo [a secretária de Estado americana] Hillary Clinton, se preocupam com a vida de Sakineh?", questiona o apresentador.
São exibidas imagens das TVs americanas CNN e Fox News e da britânica BBC, e o apresentador as acusa de "desrespeitar o princípio básico de informar as pessoas".
O noticiário exibiu trechos de uma entrevista com Sakineh na qual a mulher que foi identificada como a ré aparece quase totalmente coberta por um véu islâmico e com o rosto desfigurado por recurso de computação. Ela ainda tem a voz dublada, já que Sakineh fala turco, e não farsi.
Nas declarações, "Sakineh" dá detalhes sobre o dia em que o marido foi assassinado e ataca o próprio advogado, Mohammad Mostafaei. Mas não se diz nem culpada nem inocente, e isso apenas dias antes de a Suprema Corte decidir se ela será mesmo morta e, em caso afirmativo, se apedrejada ou enforcada.
"Por que ele [Mostafaei] divulga minha história na TV? Por que ele brinca com a minha reputação?", diz a entrevistada. "Parte dos meus familiares não sabia que eu estava na prisão", argumenta.
Mostafaei é um notório defensor dos direitos humanos no Irã, de onde fugiu no fim do mês passado, depois de ser interrogado pelas autoridades e ter a mulher presa sem motivo aparente. O advogado fugiu para a Turquia, de onde foi mandado para a Noruega, onde pede asilo.
CRIME
Na entrevista, Sakineh admite ter mantido contato por telefone, em 2005, durante dois meses, com um primo do marido que dizia querer matá-lo.
"Ele tentou me enganar com o seu idioma. Ele disse "eu farei isso por você, me preocupo com você'", contou. "Ele me disse: "vamos matar seu marido", mas eu nunca acreditei. Pensei que fosse uma piada."
Na sequência, Malek Ajdar Sharifi, o chefe do Judiciário da Província de Azerbaijão do Leste, responsável pelo caso, acusa Sakineh de ter dado uma injeção anestésica no marido para que o assassino pudesse, então, conectar fios e matá-lo eletrocutado.




MEC entrega a adolescentes livro que narra estupro
Foram destinados 11 mil exemplares para bibliotecas de colégios públicos

O Ministério da Educação enviou a escolas públicas do país um livro que narra o sequestro de um casal, o estupro da mulher e o assassinato do rapaz. Onze mil exemplares da obra foram destinados para serem usados como material de apoio a alunos do ensino médio, com idade a partir de 15 anos.
O livro, "Teresa, que Esperava as Uvas", integra o programa do governo federal que equipa bibliotecas dos colégios públicos.
As cenas de violência estão presentes no conto "Os Primeiros que Chegaram", que narra, do ponto de vista da criminosa, um sequestro cometido por um casal.
As vítimas são torturadas. Há frases como "arriou as calças dela, levantou a blusa e comeu ela duas vezes" e "[Zonha, o criminoso] deu um tiro no olho dele. [...] Ele ficou lá meio pendurado, com um furo na cabeça."
O governo Lula, a autora da obra e a editora defendem a escolha, por possibilitar que o jovem reflita sobre a violência cotidiana.
A escolha das obras é feita por comissões de professores de universidades públicas.
"O livro passou por uma avaliação baseada em critérios, concorreu com muitas outras obras e foi selecionado", afirmou a escritora do conto, Monique Revillion.
"Como e quando ele será utilizado independe de minha vontade e sim das pessoas e escolas que, eventualmente, o elegerem como recurso pedagógico", disse.

OUTROS CASOS

A escolha de livros para escolas públicas já foi alvo de outras polêmicas. Em 2009, a Secretaria da Educação de São Paulo recolheu obras que seriam usadas como material extraclasse para alunos de nove anos. As obras tinham palavrões.
Neste mês, o governo de São Paulo foi criticado novamente, por distribuir livro com texto do escritor Ignácio de Loyola Brandão que narra uma cena de sexo.

Trechos do livro "Teresa, que esperava as uvas"
  • "[...] Falou não vou comer teu cu não, veado, eu quero é a tua mulher e tu vai olhar e aprender a ser macho [...]"
  • "Depois, arriou as calças dela, levantou a blusa e comeu ela duas vezes se mostrando todo [...]"

O Ministério da Educação defendeu, em nota, a escolha da obra. "A violência do conto, embora possa chocar como narrativa, não apresenta nada além do que estamos acostumados a ver, inúmeras vezes, nos jornais", diz a pasta.
"Os alunos do ensino médio já têm uma formação intelectual que lhes permite refletir sobre a banalidade da vida a que estamos expostos cotidianamente e essa é a proposta do conto", completou.
O ministério defendeu também o processo de escolha de obras. Segundo a pasta, o processo é feito por um centro especializado da Universidade Federal de Minas Gerais, sob a coordenação de professores de universidades públicas de todo o país.
A coordenação analisa as obras indicadas por mais de 80 pareceristas.




País árabe pune brasileira de 14 anos por fazer sexo
Justiça dos Emirados Árabes condenou a garota a seis meses de prisão
A sentença também prevê deportação; homem também foi punido

Uma adolescente brasileira de 14 anos que mora com os pais em Abu Dhabi foi condenada a seis meses de prisão -seguida de deportação- nos Emirados Árabes sob acusação de manter relação sexual fora do casamento com um imigrante paquistanês de 28 anos.
O caso aconteceu no dia 3 de abril deste ano e o julgamento ocorreu nos últimos dias de julho. O homem foi condenado a um ano de detenção e também será obrigado a deixar o país.
O nome da jovem e demais informações pessoais, como origem e dados dos pais, não foram divulgados.
O Itamaraty diz que acompanha o processo de perto e que ela vai recorrer à segunda instância. A menina pagou fiança para assistir ao próprio julgamento, mas a diplomacia brasileira não sabe dizer se ela está presa.
O imigrante paquistanês, identificado pelas iniciais M.H., trabalha como motorista de ônibus escolar.
No país, o sexo fora do casamento é ilegal e esses crimes são analisados de acordo com a sharia. A lei islâmica autoriza, segundo algumas interpretações, que acusados que já passaram pela puberdade -pelos no rosto, para eles, e a primeira menstruação, para elas- sejam julgados como adultos.

PUBERDADE
A legislação dos Emirados Árabes consideram imputáveis crianças maiores de sete anos. Se tivesse 16 anos ou mais, a brasileira poderia ter sido condenada a uma pena maior, de até dez anos.
A defesa da jovem brasileira argumentou no processo que, embora ela fosse fisicamente madura, não tinha maturidade mental, e com isso deveria ser julgada como menor de idade.
A acusação inicial, apresentada pelo pai, era a de que a menina havia sido estuprada, mas a versão foi derrubada pela promotoria porque cópias de mensagens de celular "de cunho erótico" e e-mails com supostas fotos de nudez trocados entre a adolescente e o paquistanês foram anexados ao processo, segundo a imprensa do país.
Os jornais dizem que o tribunal entendeu que, pelo conteúdo das mensagens e pelo depoimento da empregada, que estava em casa e disse não ter ouvidos gritos, a relação foi consensual.
No o julgamento, a jovem brasileira voltou atrás na acusação de estupro e confirmou a versão do paquistanês de que o sexo havia sido voluntário. Ele disse em juízo que fora seduzido pela garota e convidado a entrar.
A relação sexual ocorreu na casa dos pais brasileiros, que estavam em viagem a Dubai. Informados pela empregada de que a menina estava com um homem na cama, o pai chamou a polícia.
Na audiência do último dia 31 a menor brasileira retirou as acusações. Tanto ela quanto o paquistanês negaram ter havido penetração.
"Ela vinha enviando fotos íntimas de si para o acusado, algumas delas nua, e também mandava mensagens de texto para ele", disse o juiz Saeed Abdul Bashir ao jornal "Gulf News", de Dubai.

Emirados atraem trabalhadores especializados
Diferentemente dos países da União Europeia, dos EUA e do Canadá, que atraem um contingente de imigrantes ilegais de baixa qualificação de mão de obra, o perfil dos brasileiros nos Emirados Árabes é de trabalhadores especializados, segundo avaliação do Itamaraty.
Há cerca de 1.200 brasileiros morando hoje no país, diz o Itamaraty, a maioria engenheiros e empregados de empreiteiras, jogadores de futebol e pilotos das antigas rotas internacionais da Varig e da Vasp, absorvido pela companhia aérea estatal Emirates.
Os Emirados Árabes tentam vender ao mundo a imagem de um novo Oriente Médio e têm atraído tanto estrangeiros mais qualificados quanto trabalhadores da construção de países próximos, como Índia e Paquistão.
O país árabe do golfo Pérsico, de maioria islâmica sunita, é formado por sete emirados -Dubai e Abu Dhabi são os mais conhecidos.

PS: Há repressão ao sexo casual em Abu Dhabi, onde a brasileira de 14 anos foi condenada à prisão. Ao mesmo tempo, há vários prostíbulos disfarçados espalhados pelo país.




Cartilha editada pelo governo britânico
Brasileiros têm uma "noção de espaço pessoal menor do que outras culturas", sempre chegam atrasados, vestem-se de maneira provocativa para qualquer ocasião, interrompem as conversas a todo instante e costumam dar beijos e abraços indiscriminadamente.
Essa versão, cheia de estereótipos e generalizações, foi divulgada pela agência nacional de turismo do Reino Unido, que preparou um guia de etiqueta para que os ingleses aprendam a recepcionar bem os turistas estrangeiros para a Olimpíada de 2012.
O guia diz ainda que os brasileiros jamais devem ser questionados sobre informações pessoais, como idade, salário e estado civil.
"Essa visão até pode ser procedente, mas a maneira como foi colocada foi muito grosseira. O problema não está no que o livro diz, não mentiram em nada. Agora, a maneira como colocaram foi ríspida", diz o consultor de etiqueta Fábio Arruda.
"As coisas podem e devem ser ditas, a maneira é como. Esse guia me parece um soco no estômago. Seria a mesma coisa de dizer que os ingleses são devassos e não têm preocupação com a aparência dos dentes", afirma o consultor de etiqueta.
PROTESTOS
A publicação, que inclui dezenas de outros países em sua lista de dicas, causou repúdio e indignação em todo o mundo, com repercussão tantos nos jornais britânicos quanto nas publicações dos países citados.
Sobre os argentinos, o guia diz que são pavio curto e não têm senso de humor.
Malvinas, política, religião ou o Brasil, "seu maior rival", são assuntos proibidos durante conversas com o povo da Argentina, ensina o livro britânico.
Nem o Itamaraty nem a Embaixada do Reino Unido em Brasília comentaram as afirmações do guia.




Câmara de SP aprova uso de "bip" em bebês
A Câmara de São Paulo aprovou o projeto de lei que torna obrigatória a utilização de uma pulseira com sensor eletrônico sonoro em todos os recém-nascidos nas maternidades e hospitais da cidade.
A proposta foi aprovada em segunda fase de votação e segue para sanção ou veto do prefeito Gilberto Kassab (DEM). A iniciativa foi motivada por um fato ocorrido em maio, quando uma jovem furtou um bebê na zona leste.




LUTERANOS
Cerca de 800 estátuas de Martinho Lutero foram instaladas em Wittenberg (Alemanha), onde o teólogo se voltou contra a Igreja Católica



VIL METAL
Boato sobre ouro forma um novo garimpo na divisa Pará-Maranhão
Famílias migram para a beira do rio Gurupi, na fronteira dos dois Estados, à procura do metal
Garimpo é chamado de Arrecife ou Samaúma; um homem pode tirar cinco gramas de ouro e ganhar até R$ 250/dia


Começou há menos de dois meses. O boato chegou a Aurizona (MA), Marabá (PA) e aos ouvidos de alguns velhos garimpeiros de Serra Pelada e do Suriname. A notícia é que tem ouro, muito ouro, perto da isolada Viseu (a 361 km de Belém, PA).
Bastou a remota possibilidade de enriquecer para que centenas de homens, mulheres e crianças migrassem para certo trecho da beira do rio Gurupi, na divisa do Pará com o Maranhão.
Não se sabe quem foi o primeiro a chegar. Nem quanta gente já se instalou sob os barracos de lona, montados com troncos das árvores derrubadas ali mesmo, ao lado da lama do mangue.
Alguns falam em 300 pessoas; outros, em 500. Em média, são dez garimpeiros que chegam a cada dia, em barcos fretados -a viagem dura cerca de uma hora e 15 minutos a partir de Viseu.
Para seus criadores, o garimpo que chamam de Arrecife (ou Samaúma, como outros dizem) é um dos mais promissores da Amazônia.
Mesmo sem usar máquina, um homem sozinho pode tirar até cinco gramas de ouro por dia -R$ 250.
Usam técnica ancestral: retiram e "lavam" a lama do fundo do rio, esperando o ouro se acumular no fundo das bateias ou nos degraus das caixas de madeira retangulares -as "cobrinhas".
"Já vieram duas vezes com motor para instalar aqui, mas não deixamos", disse Waldênio Monteiro, 40, que há um mês era segurança da Prefeitura de Viseu.
No ideal romântico da comunidade não cabem as máquinas, a bebida alcoólica, a prostituição, as armas de fogo ou o mercúrio -que facilita a busca pelo ouro, mas polui a água e corrói os nervos humanos.
Querem evitar os cenários de caos, violência e doença associadas às áreas de exploração minerária amazônica.
"Ninguém briga. Isso aqui é um garimpo família, que respeita o ambiente", disse Monteiro.
De fato, crianças e mulheres estão por toda parte. As mulheres cozinham e as crianças ajudam no trabalho.
Agora, com o final das férias escolares, os pais querem mandar os filhos de volta para morar com parentes em suas cidades de origem.
Como quase todo mundo, Ivaldo Barros, 50, é do Maranhão. Ele vê um futuro grandioso para quem souber garimpar no Arrecife, que, diz, é uma das raras áreas de exploração apenas manual.
Ele só teme duas coisas: jornalistas e o Ibama. Os jornalistas, dizem, são "alcaguetes", que espalham a fofoca do ouro e atraem de tudo, até a "bandidagem".
O Ibama é pior: pode interditar a área. "Todo garimpo precisa de licença para funcionar. Este ainda não tem."




Míriam Leitão
Desaceleração da China afetaria economia mundial

Os indicadores da China mostram queda. Eles saíram de um crescimento de 11,9% no primeiro trimestre para 10,3% no segundo. Relatório do economista Nouriel Roubini diz que no último, o país terá crescimento de 9%. Ou seja, a economia está desacelerando, perdendo gás.
Indicadores de produção industrial, investimentos e importação divulgados tiveram queda. A inflação de alimentos subiu 6,8%, por causa de quebra da safra.
Todo mundo se preocupa com mudanças no número chinês, porque foi o país que puxou o mundo na época da crise, colocou mais força na máquina, ao aumentar o investimento em infraestrutura, mas ele está caindo. Os números continuam fortes, mas a tendência é de redução do ritmo.
Se ela continuar perdendo o gás, afeta o mundo, que ainda está em recuperação. Relatório do Fed divulgado esta semana é pessimista com relação à capacidade de recuperação dos EUA. A Europa está nessa crise toda. Tudo isso, somado, dá um quadro de maior preocupação com a economia mundial.
Para nós, a China, chave da sustentação do crescimento mundial, é vital, porque nossas exportações de commodities cresceram, puxadas pelo país. Mesmo reduzindo o ritmo, ela compra muito do Brasil, porque a qualidade do nosso minério de ferro é muito boa. Enfim, o país foi muito importante para a nossa recuperação.




Explosão de carro-bomba fere pelo menos nove em Bogotá


Um carro-bomba explodiu no centro financeiro da capital da Colômbia, Bogotá, em frente a uma das principais emissoras de rádio do país, ferindo ao menos nove pessoas. O atentado foi o primeiro na capital colombiana desde janeiro do ano passado.
A explosão ocorreu menos de uma semana após a posse do novo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. Nenhum grupo assumiu ainda a autoria do ataque.
O presidente foi ao local imediatamente após ser informado sobre a explosão, e reafirmou o compromisso de seu governo com o combate à ação de grupos terroristas.
"Nós vamos continuar combatendo o terrorismo com tudo que temos", afirmou Santos. Ele disse que ainda não é possível atribuir o atentado a um grupo, mas que o governo "tem as suas suspeitas tradicionais".
Narração
A explosão aconteceu às 5h30 (horário local) entre a avenida Séptima e a Rua 67, em frente à Rádio Caracol. Pelo menos 50 quilos de explosivos foram colocados no veículo, segundo informações da polícia.
A explosão coincindiu com o começo do programa de rádio matutino. O atentado foi narrado em tempo real pelo apresentador do programa Dario Arizmendi. A forte explosão foi ouvida a quilômetros de distância, acordando muitos moradores da região, que mistura áreas residenciais e comerciais.
De acordo com o diretor da Polícia Metropolitana, César Augusto Pinzón, à própria rádio Caracol, não se sabe se o alvo do carro-bomba era a estação de rádio ou outros bancos nas redondezas.
A explosão destruiu janelas de vários prédios ao redor e espalhou destroços do carro pela rua.
Aparente não houve nenhuma pessoa ferida com gravidade. Segundo relatos de testemunhas à rádio Caracol, duas mulheres que trabalhavam em um salão de beleza nas proximidades foram levadas a um hospital, com ferimentos leves.
O último atentado com carro-bomba aconteceu em fevereiro de 2003, a um quilômetro do local. Na ocasião, o ato foi atribuído aos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e matou 35 pessoas.
A Colômbia passou por vários atentados terroristas ao longo das últimas, consequência da luta entre o governo e grupos paramilitares no país.
O novo presidente, Juan Manuel Santos, assumiu o país prometendo manter o compromisso de lutar contra guerrilheiros, a exemplo do que fez o governo de seu antecessor e aliado político, Álvaro Uribe. Na gestão de Uribe, o governo colombiano aumentou a pressão contra os guerrilheiros.




Míriam Leitão
Espanha não descarta mais medidas para reduz déficit

Se o comportamento da economia espanhola ficar abaixo do esperado, o governo não descarta aplicar medidas adicionais para conseguir reduzir o déficit orçamentário em 2011. Segundo a imprensa local, até agora, as previsões para o crescimento do PIB não mudaram - o governo acha que, no ano que vem, a economia avançará 1,3% e registrará resultados trimestrais positivos em 2010.
Entre abril e junho, a economia teve um crescimento tímido, de 0,2%, em relação aos três primeiros meses do ano (0,1%), fechando dois trimestres consecutivos de crescimento, mas já há quem diga que, entre julho e setembro, a Espanha volte a ter crescimento zero.
Para conseguir derrubar o déficit orçamentário de 11,2% do PIB - taxa registrada em 2009 - para 9,3% (previsão para este ano), o governo anunciou um plano rigoroso, que inclui redução de salários, congelamento de aposentadorias, aumento de impostos e diminuição de investimentos - mas já considera a possibilidade de retomar algumas obras que tinham sido suspensas.
Para o ano que vem, a expectativa é que o déficit continue em queda (6% do PIB), atingindo o limite de 3% previsto pela União Europeia em 2012.




Atentado é ‘mensagem’ para novo presidente da Colômbia, dizem analistas


A explosão feriu nove pessoas na capital colombiana

O atentado com um carro-bomba no centro financeiro de Bogotá que atingiu a sede da rádio Caracol, uma das principais emissoras da Colômbia, é visto por analistas como uma mensagem para o novo presidente, Juan Manuel Santos, que vinha dando sinais de distensão tanto na política interna como na externa.
Ainda que as autoridades suspeitem que o atentado seja de responsabilidade das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a principal guerrilha do país, analistas políticos consideram que o ataque também pode ter sido orquestrado por grupos de extrema direita, como um sinal para que Santos radicalize sua postura logo no início do governo.
Em menos de uma semana à frente da Presidência, Santos, que assumiu uma postura mais pragmática que seu antecessor Álvaro Uribe, disse que o diálogo com a guerrilha "não está fechado com chave", porém condicionou uma virtual negociação à libertação incondicional dos reféns em poder dos guerrilheiros e o fim de "atos terroristas".
Ainda na política interna, a distensão veio no primeiro dia de trabalho, quando Santos afirmou aos magistrados da Justiça que não contestará suas decisões - como fez Uribe ao longo de seu mandato.
Em seguida, o novo presidente restabeleceu relações diplomáticas com a Venezuela, dando fim a uma das piores crises da história entre os vizinhos.
O ex-candidato presidencial Gustavo Petro também vê no atentado uma intenção de pressionar o novo governo a um maior grau de radicalização.
O ex-vice ministro de Justiça e analista político, Rafael Nieto, discorda da hipótese de que grupos paramilitares tenham a intenção de pressionar o governo, porque, a seu ver, "não existe a mínima possibilidade" de que ocorra um diálogo entre governo e guerrilhas a curto e médio prazo.
"Não há clima para que um grupo de extrema direita quisesse sabotar um processo que não existe", afirmou.
A seu ver, o atentado é parte da lógica da guerrilha de demonstrar força e capacidade de desestabilização para levar o governo à mesa de negociações.
"As Farc estão fazendo uma demonstração de força, mostrando ao governo colombiano que, ao contrário do que pensam, continuam sendo atores que podem desestabilizar e gerar perigo", afirmou Nieto.
"Isso (a desestabilização), a partir da ótica das Farc, deveria ser um incentivo para abrir canais de negociação".
Dias antes da posse de Santos, o líder máximo das Farc, Alfonso Cano, chamou o governo para "dialogar" sobre uma saída negociada para o conflito armado.




SITUAÇÃO




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