Relatório Focus — mercado financeiro espera menos inflação
e retração maior do PIB neste ano —
analistas esperam que o IPCA encerre 2016 em 6,94%
e retração maior do PIB neste ano —
analistas esperam que o IPCA encerre 2016 em 6,94%
O mercado financeiro reduziu pela oitava vez seguida a projeção para a
inflação deste ano, segundo o Relatório de Mercado Focus divulgado na
segunda-feira, 02.mai.2016, pelo Banco Central (BC). Agora, a taxa
medida pelo IPCA está em 6,94% ante 6,98% da semana passada e de 7,28%
quatro semanas atrás. O Banco Central já vem informando que tem como
foco não mais 2016, mas 2017, na tarefa de levar a inflação para o
centro da meta, de 4,5%. No caso do ano que vem, a mediana caiu de 5,80%
para 5,72%. Há quatro semanas estava em 6,00%.
Para o grupo dos analistas que costuma acertar mais as estimativas, o
Top 5, a estimativa de inflação para 2016 ficou mantida em 7,05%. Há
quatro semanas, essa mediana estava em 7,18%. Para 2017, o Top 5 revisou
a perspectiva para o IPCA de 6,00% na última semana para 5,90%. Há
quatro edições atrás do boletim Focus, estava em 6,20%.
No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado em março, a
estimativa do BC para o IPCA de 2016 estava em 6,6% no cenário de
referência e 6,9% no cenário de mercado.
Com a melhora nas perspectivas de inflação, o mercado financeiro manteve
a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai baixar a
taxa básica de juros em setembro, mas agora aposta num corte mais
intenso. A taxa, hoje em 14,25% ao ano, seria reduzida em 0,50 ponto
porcentual, ante corte de 0,25 p.p. projetado na semana passada.
Para o fim do ano, o mercado projeta 13,25%, mesmo valor da semana passada — há quatro semanas, estava em 13,75% a.a.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o colegiado
manteve a Selic inalterada em 14,25% a.a., em decisão unânime. Para o
ano que vem, o mercado espera que a taxa Selic termine o ano em 11,75%
ao ano, ante taxa de 12,00% a.a. apontada na última semana — há quatro
documentos estava em 12,50%.
Atividade econômica — Os analistas do mercado financeiro revisaram mais
uma vez suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 para
baixo. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, a perspectiva de
retração da atividade do ano que vem passou de 3,88% para 3,89%. Há um
mês, a mediana das projeções estava em 3,73%.
No Relatório Trimestral de Inflação divulgado em março, o BC revisou de
-1,9% para -3,5% sua estimativa para a retração econômica deste ano.
Para 2017, a previsão de crescimento do PIB teve uma leve melhora, de um
crescimento de 0,30% para 0,40% — um mês antes, a expectativa era de
uma alta de 0,30%.
Já a mediana das expectativas para a produção industrial de 2016 foi
revisada de -5,80% na última semana para -5,83% — um mês antes estava em
-5,80%. Para 2017, passou de um crescimento de 0,54% para 0,50%. Há
quatro semanas, estava em 0,69%. No caso da relação entre a dívida
líquida do setor público e o PIB de 2016, a projeção dos analistas
passou de 41,80% para 41,40% — quatro edições antes estava em 41,10%.
Para 2017, a taxa passou de 46,39% para 46,15% — um mês antes estava em
46,20%.
No câmbio, o mercado espera que a moeda americana deve chegar em 31 de
dezembro comercializada a R$ 3,72, ante R$ 3,80 do levantamento da
semana passada. Um mês antes, a mediana das previsões estava em R$ 4,00.
O câmbio médio de 2016 ficou em R$ 3,66, contra R$ 3,68 da semana
passada e R$ 3,83 registrados há um mês.
Para o encerramento de 2017, a mediana das estimativas para o dólar
ficou em R$ 3,91, ante R$ 4,00 da semana passada — estava R$ 4,10 há um
mês. O ponto central da pesquisa para a cotação média de 2017 caiu de R$
3,98 para R$ 3,90 — um mês antes estava em R$ 4,03.
Nenhum comentário:
Postar um comentário