domingo, 1 de maio de 2016


‘Jetons’ chegam a triplicar salários de ministros



José Eduardo Cardozo


Os cargos de ministro de Dilma eram disputados a tapa pelos aliados do governo não só pelo foro privilegiado, mas também pelos valiosos “jetons” (bônus) pela participação deles em reuniões mensais dos conselhos de administração de estatais. O ex-ministro da Justiça e atual advogado-geral de Dilma, José Eduardo Cardozo, cujo salário é de R$31 mil, recebe mais R$ 42,7 mil como conselheiro do BNDES.
O salário mínimo subiu 21,5% desde 2014. Mas a boquinha de Cardozo no BNDES mais do que dobrou no mesmo período.
O ministro Valdir Simão (Planejamento), ex-CGU, chegou a receber em outubro de 2015 R$ 100 mil líquidos, entre jetons e verba indenizatória.
Jetons são pagos como “vantagem eventual” e não estão sujeitos à restrição do teto constitucional do funcionalismo público.
Um terço dos ministros de Dilma tem o salário de R$ 31 mil aumentado com jetons de estatais como Petrobras, Correios, Banco do Brasil, etc.

Com o iminente afastamento de Dilma, a equipe da presidente tentará negociar uma ‘saída honrosa’ do Planalto, para minimizar os danos à sua imagem, ao partido e até a Lula. Dilma instruiu os ministros Ricardo Berzoini e Jaques Wagner para tentarem garantir-lhe residência oficial, esquema de segurança, uso de jatinhos da FAB e estrutura de assessoramento, por meio da quarentena remunerada.
Durante seu afastamento, Dilma pretende montar o “governo paralelo” às custas da União, para ajudá-la na articulação e em sua defesa.
Afastada do cargo, Dilma pretende recorrer a instâncias internacionais, mas até agora só obteve apoio explícito de Cuba, Bolívia e Venezuela.




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