terça-feira, 4 de setembro de 2012


Porto Alegre tem a cesta básica mais cara do país pelo 2º mês seguido

Pelo segundo mês seguido, o maior valor para a cesta básica no Brasil foi apurado em Porto Alegre (R$ 308,27), conforme pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Depois, na lista das mais caras, aparecem São Paulo (R$ 306,02) e Rio de Janeiro (R$ 302,52). Os menores valores médios foram anotados em Aracaju (R$ 212,99), Salvador (R$ 225,23) e João Pessoa (R$ 233,36).
Em agosto de 2012, a cesta básica de Porto Alegre registrou alta de 2,77%, passando de R$ 299,96 em julho de 2012 para os atuais R$ 308,27. A taxa verificada em agosto de 2011 foi de 4,49%. No ano, a cesta acumula alta de 11,34% e em 12 meses está 13,65% mais cara.
Na avaliação mensal, 9 dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos estão mais caros, com destaque para o tomate (10,91%). Por outro lado, três itens tiveram redução: a batata (-1,33%), o leite (-1,18%) e o óleo (-0,43%).
No ano, a cesta está 11,34% mais cara. Dos 13 itens pesquisados, 7 subiram de preço. Os principais aumentos foram verificados no tomate (82,35%), no feijão (27,08%) e na batata (17,46%). Em sentido contrário, quatro produtos estão mais baratos. As principais reduções foram registradas no açúcar (-8,00%) e na manteiga (-6,31%). A farinha foi o único item a não sofrer variação no ano.
O valor da cesta básica representou 53,87% do salário mínimo líquido, contra 52,42% em julho de 2012 e 54,10% em agosto de 2011.
Com base no custo apurado em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção de um trabalhador e a família dele, suprindo gastos com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transportes, higiene, lazer e previdência social, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em agosto, o salário mínimo pago deveria ser de R$ 2.589,78, ou seja, 4,16 vezes o piso vigente. Com o aumento de preços no mês, este valor é maior do que o estimado em julho, quando ficou em R$ 2.519,97 (4,05 vezes o salário base). Em agosto de 2011, o salário mínimo necessário era de R$ 2.278,77 ou 4,18 vezes o valor mínimo em vigor na época, R$ 545.

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