sábado, 29 de setembro de 2012


Um milhão de soldados americanos já lutaram no Afeganistão e no Iraque


É espantosa a informação que o presidente norte-americano Barack Obama divulgou durante sua recente visita a Fort Bliss, no Texas, onde anunciou um programa de saúde mental para militares e ex-combatentes — algo de grande importância para um país guerreiro como os Estados Unidos, mas de pequena repercussão externa.
Segundo o presidente, nada menos do que 1 milhão de soldados americanos já lutaram nas guerras do Afeganistão, iniciada em outubro de 2001, e do Iraque, que começou em março de 2003, ambas por iniciativa de seu antecessor, George W. Bush.
O número chega a ser espantoso quando comparado ao de americanos envolvidos em outras guerras e sobretudo diante dos recursos supostamente “inteligentes” hoje utilizados pelas Forças Armadas dos EUA, com o objetivo não apenas de se tornarem mais eficazes, mas de pouparem vidas.
Esse 1 milhão de americanos que participaram desses dois conflitos é um número desproporcionalmente grande quando comparado aos 2,7 milhões que lutaram no Vietnã — uma guerra intensa e feroz que durou 12 anos e se espalhou por territórios vizinhos, como o Camboja e o Laos e que, em seu auge, no final dos anos 60, chegou a mobilizar meio milhão de soldados dos EUA.
O mesmo ocorre se compararmos os homens envolvidos nos atuais conflitos com o total de combatentes americanos na árdua Guerra da Coreia (1950-1953) — uma guerra com uso intensivo de infantaria e um nível de utilização de tecnologia infinitamente inferior ao das atuais, em que os EUA e forças de outros países sob a bandeira da ONU tiveram que enfrentar, além dos norte-coreanos que invadiram a Coreia do Sul, centenas de milhares de soldados da China comunista. Esse enorme esforço bélico envolveu 1,79 milhão de soldados dos EUA ao longo de todo o conflito.
É claro que o maior esforço de mobilização de soldados da história dos EUA ocorreu durante a II Guerra Mundial (1939-1945) em que os americanos, entre 1941, quando entraram nas hostilidades, após o ataque do Japão à frota americana do Pacífico, em Pearl Harbour, no Havaí, e o final dos combates empregaram 16 milhões de homens.
Ainda assim, em plena era dos bombardeiros sem piloto, das bombas teleguiadas e de uma infinidade de recursos que excluem o emprego massivo de tropas, o número divulgado por Obama é espantoso.

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